16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

Síndrome de Mirizzi: um relato de caso

Fundamentação/Introdução

A Síndrome de Mirizzi é rara complicação de colelitíase, que leva a compressão extrínseca de vias biliares por cálculos. Apresentações desde a compressão extrínseca do ducto hepático comum até a presença de fístula colecistobiliar. Frequentemente não é reconhecida no pré-operatório, aumentando o risco de iatrogenia.

Objetivos

Relatar caso de Síndrome de Mirizzi diagnosticado por achados clínicos e colangiorressonância.

Delineamento e Métodos

Paciente E. P., 57 anos, masculino, pardo, casado, pecuarista, com dor em hipocôndrio direito com irradiação para epigástrio. Dor intensa, do tipo “em peso“ iniciada 6 meses antes da admissão, relacionada a alimentação rica em gordura, carboidratos ou refrigerantes. Prurido difuso e perda de 10 kg em um mês. Regular estado geral, lúcido, acianótico, afebril, hidratado, icterícia (2+/4+).
Sinais vitais: PAS 150 mmHg, PAD 100 mmHg, frequência respiratória: 9 irpm, frequência cardíaca: 88 bpm, 36,5 ºC, saturação de 95%. Abdome: doloroso em hipocôndrio direito, sinal de Murphy presente. Ultrassonografia abdominal: vesícula biliar distendida e sombra acústica posterior, sem dilatação das vias biliares.
Exames laboratoriais: hemoglobina: 14,3 g/dL, hematócrito: 42%, leucócitos: 7.800/mm³, segmentados: 4.368, bastonetes: 156/mm³, eosinófilos: 156/mm³, linfócitos: 2.266/mm³), plaquetas: 320.000, uréia: 40 mg/dL, creatinina: 1,1, bilirrubinas totais: 1,6 mg/dL, bilirrubina direta: 1,0 mg/dL, bilirrubina indireta: 0,6 mg/dL, AST: 70 U/L , ALT: 71 U/L, GGT: 876, FA: 1640 U/L, TTPA: 29 seg e amilase: 60 U/L.
Colangioressonância magnética: litíase em vesícula biliar, dilatação dos ductos biliares principais e terço proximal do hepático, evidenciada compressão extrínseca do ducto hepático comum. Confirmado diagnóstico de colelitíase (Figura 1) e Síndrome de Mirizzi (Figura 2).
À laparotomia: vesícula túrgida de paredes espessadas com aderências firmes do grande omento e duodeno. Cálculos na vesícula, com impactação em infundíbulo. Devido à fibrose, optou-se pela colecistectomia anterógrada (Figura 3). Boa evolução, anatomopatológico sem malignidade.

Resultados

DESCRIÇÃO DO CASO ACIMA

Conclusões/Considerações Finais

Ainda que seja incomum e de difícil diagnóstico, por ter apresentações irregulares, a Síndrome de Mirizzi deve ser considerada como diagnóstico diferencial em casos de icterícia, haja vista o risco de complicações cirúrgicas.

Palavras Chave

ICTERÍCIA. COLELITÍASE. MIRIZZI.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Tocantins - Tocantins - Brasil

Autores

BRUNO GABRIEL GONÇALVES BATISTA TEIXEIRA, CAMILLE BASTOS PERSIANO, LUIS FELIPE MARIANO SILVA, LUCAS CARVALHO MENDES, ISABELA LOPES LIMA