Dados do Trabalho
Título
Análise de epidemiologia e estratégias de enfrentamento psicológico de pacientes com câncer de mama no extremo-norte do Brasil
Fundamentação/Introdução
O câncer de mama repercute psicossocialmente no processo saúde-doença em mulheres. Entender o elo entre a epidemiologia e os impactos psicossociais é essencial para uma melhor compreensão da saúde mental das pacientes.
Objetivos
Analisar a relação entre epidemiologia e estratégias de enfrentamento psicológico utilizadas pelas pacientes em um serviço de oncologia em Roraima.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um estudo transversal, prospectivo, observacional e analítico com caráter qualitativo e quantitativo a partir dos dados coletados de questionários clínico-epidemiológicos e do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus aplicados em 44 pacientes de 20 a 80 anos de uma unidade de alta complexidade em oncologia de um hospital público do estado de Roraima, no período de agosto de 2019 a julho de 2021. Foram considerados apenas os 3 fatores de enfrentamento mais explorados pelas pacientes que pontuaram ao menos 2/3 do somatório máximo de cada fator.
Resultados
Os 3 fatores de enfrentamento mais explorados foram: suporte social (n=30), resolução de problemas (n=23) e reavaliação positiva (n=27). Em suporte social, há o predomínio de mulheres de 40-49 anos (36,66%), ensino médio completo (36,66%), 1 a 2 salários mínimos (46,66%), desempregadas (36,66%), e casadas ou em união estável (66,66%). Em resolução de problemas, prevalecem mulheres de 30-39 anos (47,83%), ensino médio completo (30,43%), 1 a 2 salários-mínimos (52,17%), desempregadas (30,43%), e casadas ou em união estável (43,47%). Em reavaliação positiva, não há predomínio de faixa etária ou de situação no mercado de trabalho, pois existem dois grupos predominantes em cada um desses fatores epidemiológicos: mulheres de 30-39 anos (33,33%) e de mulheres de 40-49 anos (33,33%); desempregadas (37,03%) e assalariadas com carteira de trabalho (37,03%). Além disso, predominam as que possuem ensino médio completo (40,7%), renda de 1 a 2 salários mínimos (48,14%), e casadas ou em união estável (48,14%).
Conclusões/Considerações finais
Um relacionamento estável associa-se a um maior uso de suporte social, visto que durante o curso da doença as mulheres tendem a depender mais de seus parceiros. Uma idade maior também está associada ao uso acentuado de estratégias de suporte social, enquanto que uma idade menor está mais vinculada às estratégias de resolução de problemas.
Palavras Chave
câncer de mama; estratégias de enfrentamento; coping; epidemiologia
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Instituições
Universidade Federal de Roraima - Roraima - Brasil
Autores
GABRIEL LIMA DA SILVA, ELISA ALVES DA SILVA, ELINEUMA HENRIQUE DOS SANTOS, FABIANA NAKASHIMA, ANA IARA COSTA FERREIRA