16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

Pneumocistose em paciente com artrite reumatóide: um relato de caso

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução
Relatamos o caso de uma paciente portadora de artrite reumatoide em uso de metotrexato e prednisona com suspeita de pneumonia de etiologia bacteriana. A conduta inicial foi a prescrição de antibimicrobianos sem sucesso terapêutico. Realizada tomografia de tórax com identificação de achados prováveis para pneumocistose.

Objetivos

Objetivos
Detalhar os achados tomográficos utilizados para diagnóstico diferencial de pneumocistose em paciente com imunossupressão por artrite reumatóide.

Delineamento e Métodos

Descrição do Caso
Paciente feminina, 35 anos, microempresária de hortifrutigranjeiros, refere tosse seca há 1 semana que evoluiu para produtiva, astenia e dispneia aos médios esforços. Ao exame físico: estertores crepitantes bibasais, descorada (2/4+). Antecedente pessoal de artrite reumatóide, uso atual de metotrexato (4 cp. de 2,5 mg VO, 2x/semana) associado a prednisona (5 mg/dia). Achados laboratoriais relevantes: Hematócrito de 25%, hemoglobina 8%, leucopenia (3500), plaquetopenia (136.000), sorologia negativa para HIV e PCR em tempo real para COVID-19 não detectado. A primeira radiografia de tórax mostrou opacidades bilaterais em terços superiores com áreas consolidativas em terço médio e apical do pulmão esquerdo. Após 2 dias evoluiu com broncogramas aéreos e pequeno derrame pleural na base do hemitórax esquerdo. Iniciado o uso de antimicrobianos com Rocefin e Azitromicina, sem melhora clínica, foi encaminhada para unidade de terapia intensiva, com significativa piora da dispneia. Solicitada tomografia de tórax que evidenciou consolidações, broncopatias e pavimentações em mosaico (opacidades em vidro fosco associadas a espessamentos de septos interlobulares). À avaliação dos achados de imagem e associação à clínica, mudou-se a hipótese para pneumocistose, iniciou o uso de Bactrin oral, apresentando melhora substancial em 2 dias. Ela foi transferida para enfermaria e recebeu alta hospitalar 7 dias depois da mudança de conduta terapêutica com resolução quase total dos achados radiográficos.

Resultados

Resultados
Os achados tomográficos foram essenciais para estreitar a lista de possíveis diagnósticos.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões/Considerações Finais
Achados tomográficos de pavimentações em mosaico (opacidades em vidro fosco associadas a espessamentos de septos interlobulares) podem ser usados para estreitar a lista de diagnósticos possíveis quando associados a fator imunossupressor (como artrite reumatóide em uso de metotrexato + prednisona), sugerindo pneumocistose como infecção oportunista.

Palavras Chave

*Palavras Chave
Pneumocistose; Diagnóstico diferencial; Vidro Fosco; Artrite Reumatóide;

Área

Clínica Médica

Autores

ANA GUIMARAES, MARCUS VINICIUS NASCIMENTO VALENTIN, MELISSA SANTOS CHAGAS, FERNANDA FREIRE, FERNANDO CÉSAR STAIBANO ARAUJO