Dados do Trabalho
Título
PRESENÇA DE DINOFLAGELADOS E BIOTOXINA EM CULTIVO DE OSTRAS NO NORDESTE PARAENSE
Introdução
As ostras (Ostreidae) são animais filtradores que se alimentam de organismos planctônicos, esses organismos são comuns por todo o litoral brasileiro, porém mudanças ambientais desencadeiam os períodos de floração, aumentando de forma alarmante a população dessas microalgas e o consumo das mesmas por esses animais. Os moluscos e pescados contaminados são os principais vetores dessas biotoxinas através da ingestão de carne contaminada apresentando grande risco ao consumidor. Logo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de dinoflagelados em água do mar e biotoxinas em carne de ostras cultivadas no estado do Pará.
Material e Métodos
Foram coletadas junto a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) amostras de carne e água do mar em 5 municípios do estado do Pará (São Caetano de Odivelas, Augusto Corrêa, Salinópolis, Curuçá e Maracanã) para busca e análise da presença de dinoflagelados produtores de biotoxinas usando cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas (LC-MS/MS), para realizar a triagem das toxinas azaspirácido, Yessotoxin, saxitoxina e ácido domoico, usou-se metodologia validada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Estado de Santa Catarina (LFDA), os resultados são apresentados com média de valores seguido do desvio padrão.
Resultados e Discussão
Detectou-se a presença de dinoflagelados na água de cultivo nos diferentes municípios, Salinópolis, Dinophisys sp (400 ±0,00 cél/L) e Pseudonitzchia (31,04 ± 11,03 cél/L). Maracanã, Augusto Corrêa e São Caetano de Odivelas apresentaram resultado positivo somente para Pseudonitzchia (9,0 ± 0,99), (4,90 ±0,00) e (1,10 ± 0,00) cél/L respectivamente, máximo valores detectados. Não foi detectada a presença de biotoxinas nas amostras de carne segundo metodologia utilizada.
Conclusão
Portanto, conclui-se que a quantidade dessas microalgas encontradas na água, não apresentou risco de contaminação da carne nos parâmetros analisados durante o estudo, logo o Estado do Pará tem potencial para a produção destes pescados de forma segura quanto a presença destas biotoxinas.
Área
Toxicologia e microbiologia de alimentos
Instituições
CENTRO UNIVERSITARIO DA AMAZÔNIA (UNIESAMAZ) - Pará - Brasil, CENTRO UNIVERSITARIO DA AMAZÔNIA (UNIESAMAZ) - Pará - Brasil, CENTRO UNIVERSITARIO DA AMAZÔNIA (UNIESAMAZ) - Pará - Brasil, FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZONIA(FIBRA) - Pará - Brasil, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA(PA) - Pará - Brasil
Autores
ARTHUR GONÇALVES GOMES, ANA VICTÓRIA FREITAS ANDRADE, GISELLE ALMEIDA COUCEIRO, GLEICY KELLY CHINA QUEMEL, MÁRLIA BARBOSA PIRES