Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA E DETERMINAÇÃO DE LIGNINA E FITOQUÍMICOS EM CÁLICE DE MANGOSTÃO (Garcinia mangostana L.) E CAMAPU (Physalis angulata L.)

Introdução

O camapu é um fruto delicado envolto em um cálice de folhas que mudam de cor e textura conforme amadurece. Já o mangostão é um fruto que apresenta cálice persistente e pericarpo que contém uma resina amarela. O processamento desses frutos gera toneladas de cálices que são descartados como resíduos na natureza. O objetivo deste trabalho foi caracterizar as propriedades tecnológicas, teor de lignina e a presença ou ausência de fitoquímicos presentes nos cálices dos frutos de mangostão e camapu

Material e Métodos

Foram avaliadas as propriedades tecnológicas: índice de absorção de água (IAA), capacidade de absorção de óleo (CAO) e solubilidade em água (SA) de acordo com a metodologia de Okezie e Bello (1988). O teor de lignina insolúvel foi determinado de acordo com a metodologia de TAPPI T 222 (2006) e a presença ou ausência de alcalóides, cumarinas, flavonóides, saponinas, purinas, polissacarídeos não amiláceos, taninos e triterpenos, foram avaliados pela metodologia de Maciel et al. (2021). Todas as análises foram realizadas em triplicata e o resultado expresso como a média e desvio padrão.

Resultados e Discussão

Os resultados das propriedades tecnológicas encontrados para o cálice camapu foram IAA (4,075± 0,37 g/g), CAO (4,50± 0,71 g/g) e SA (3,30± 0,37 g/100g), teor de lignina insolúvel de 13,45± 3,43 g/100g e ausência de todos os fitoquímicos analisados. Para o cálice de mangostão os resultados encontrados para as propriedades tecnológicas foram IAA (1,83± 0,37 g/g), CAO (2,58± 0,10 g/g) e SA (2,70± 0,27 g/100g), teor de lignina insolúvel de 53,01± 2,72 g/100g e presença de triterpenos, taninos, saponinas e alcalóides.

Conclusão

Com base nos resultados encontrados verifica-se que o cálice de camapu apresentou o menor valor de lignina insolúvel e ausência de fitoquímicos quando comparado ao cálice de mangostão indicando viabilidade de aplicação pela indústria. No caso do cálice de mangostão há necessidade de pré-tratamento para a extração de lignina insolúvel para posterior aplicação e posterior quantificação dos fitoquímicos presentes já que podem ser de interesse da indústria.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Instituições

Universidade Federal do Pará - Pará - Brasil

Autores

Elisa Ângela Novais, Mickelly Farias Silva, Márlia Barbosa Pires, Edna Regina Amante, Antônio Manoel Cruz Rodrigues, Luiza Helena Meller Silva