Dados do Trabalho


Título

Extração de compostos bioativos da cagaita (Eugenia dysenterica DC) utilizando solventes sustentáveis

Introdução

O Cerrado brasileiro é um bioma rico em frutas exóticas com grande potencial tecnológico, com aromas e sabores diferenciados estes frutos possuem diversas aplicações para a indústria. Assim, o objetivo deste trabalho foi extrair e quantificar compostos bioativos provenientes de fruto cagaita utilizando diferentes tipos de solventes.

Material e Métodos

Para isto, foram aplicados solventes eutéticos (Cloreto de colina como doador de hidrogênio (CC) e glicerol (GLI), ácido cítrico (AC) e ácido tartárico (AT) como receptores, na proporção de 1:1 molar e adição de 20 % de água) e solvente orgânico (etanol), com extração convencional em banho-maria a 30°C por 60 min. A quantificação dos compostos bioativos foi em relação a antioxidantes (DPPH, ABTS, FRAP), compostos fenólicos totais e flavonoides.

Resultados e Discussão

Os valores de capacidade antioxidante encontrados variaram entre 8,82±0,01 a 3,12±0,02 mg Trolox/g para a metodologia de DPPH, 66,32±12,28 a 12,19±4,49 mg Trolox/g para ABTS e 58,40±4,64 a 5,10±0,58 mg Trolox/g para FRAP, sendo que o solvente CC:GLI resultou em maiores valores, sendo mais eficiente. O teor de compostos fenólicos variou de 1,71± 0,21 a 0,23±0,02 mg GAE/g, sendo os melhores solventes neste caso CC:AC e CC:GLI. Os flavonoides tiveram resultados entre 0,27± 0,09 e 0,12±0,03 mg/mL eq Quercetina. A cagaita apresentou resultados significativos para ambos os métodos de quantificação da capacidade antioxidante com a utilização de cloreto de colina e glicerol como solvente, obtendo valores 2,80 vezes maiores em relação ao DPPH, 5,41 vezes para o método ABTS e 11,45 vezes maior no caso do FRAP.

Conclusão

Esses resultados mostraram ser promissores, devido aos solventes em destaque para ambos os componentes de maior extração são solventes de baixa toxicidade, custo e sustentáveis. Mostrando assim, um grande potencial de utilização e possibilitando a utilização destes frutos tanto pela indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica, podendo ser uma nova fonte de renda para a população local e também valorização de frutas nativas pouco exploradas.

Área

Sustentabilidade na cadeia produtiva de alimentos

Autores

Jaqueline Ferreira Silva, Carmem Torres Guedes, Monica Regina da silva Scapim, Grasiele Scaramal Madrona