Dados do Trabalho


Título

MICROENCAPSULAÇÃO DA CAPSAICINA: AÇÃO ANTIOXIDANTE DAS MICROCÁPSULAS

Introdução

A capsaicina oriunda das pimentas vermelhas do gênero Capsicum spp. possui diversas aplicações devido aos seus efeitos benéficos, como ação antioxidante, antimicrobiana e antitumoral. Entretanto, é responsável por causar problemas ao ser ingerida devido sua pungência. Uma maneira de aplicá-la em alimentos é através da microencapsulação, técnica responsável por fornecer uma proteção física ao composto, evitando que sofra fotólise ou degradação térmica por exemplo, além de controlar a liberação no meio em que está inserida. A pesquisa tem como objetivos a produção das microcápsulas de capsaicina (MC-CAP) e a avaliação de sua atividade antioxidante.

Material e Métodos

A produção das microcápsulas aconteceu aconteceu pelo método da coacervação complexa, utilizando gelatina tipo A e goma arábica como polímeros, Miglyol® 812 como óleo, lecitina como emulsificante, capsaicina como bioativo e a enzima transglutaminase como reticulante. Microcápsulas sem capsaicina foram produzidas (MC). A análise antioxidante da MC-CAP e da MC ocorreu utilizando os ensaios de DPPH• e ABTS•. Para ambos os ensaios, as microcápsulas (MC-CAP e MC) foram extraídas usando etanol absoluto. A capacidade de captura do radical DPPH• foi determinada utilizando diferentes quantidades de extrato, e o decréscimo da concentração do radical no ensaio foi medida pela diminuição da absorbância em 515 nm. O mesmo foi realizado para o radical ABTS• e a absorbância medida em 734 nm. Gráficos de absorbância das diferentes diluições do extrato versus volume de extrato foram construídos para os ensaios de DPPH• e ABTS•. Para analisar estatisticamente a diferença entre as áreas de cada curva, calculadas utilizando cálculo integral, foi realizado um Teste-T de duas amostras independentes com confiança de 95%.

Resultados e Discussão

A área sob a curva da MC-CAP foi inferior a obtida para a MC em ambos os ensaios antioxidantes, indicando uma maior capacidade da MC-CAP de captura de radicais livres em comparação com a MC. Nos ensaios de DPPH• e ABTS•, a capacidade de captura dos radicais livres da MC-CAP foi, respectivamente, 6,20% e 20,6% maior em relação à MC.

Conclusão

Estes resultados comprovam a habilidade da capsaicina em atuar como um antioxidante e que a mesma foi eficientemente encapsulada no método de coacervação complexa utilizado neste trabalho.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Instituições

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

Alex Gabriel HEIN, ALEXANDRE VISENTIN, Ana Paula ROMIO, Marianne Ayumi SHIRAI, Alessandra MACHADO-LUNKES