Dados do Trabalho

Título

VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE EDULCORANTES E CAFEÍNA EM BEBIDAS NÃO ALCÓOLICAS

Introdução

Os edulcorantes são substâncias de baixo valor calórico que conferem sabor doce a uma grande variedade de alimentos. A cafeína é um alcaloide e está presente nas amostras juntamente com os edulcorantes. Devido aos altos índices de obesidade e diabetes foi firmado, entre o Ministério da Saúde e as indústrias alimentícias, um acordo pela redução da adição de açúcares nos alimentos, o que colaborou para um aumento expressivo no uso de edulcorantes.

Material e Métodos

O objetivo do trabalho foi estabelecer um método para determinação de edulcorantes e cafeína em bebidas não alcoólicas por cromatografia líquida de alta eficiência em detector de espalhamento de luz. O método foi validado para: acesulfame de potássio, aspartame, ciclamato de sódio, neotame, sacarina sódica, sucralose e cafeína. Foram utilizadas na validação as matrizes suco de laranja natural e água de coco, representantes do grupo 5 do triângulo da AOAC, para a extensão de escopo à todas as demais matrizes pertencentes a este grupo. Foram avaliados os parâmetros de linearidade, efeito matriz, seletividade, recuperação, precisão e limites de detecção e quantificação. Foram analisadas 28 amostras de bebidas não alcóolicas pertencentes ao grupo 5 do triângulo da AOAC.

Resultados e Discussão

O método apresentou linearidade nas faixas de concentrações testadas com comprovação das premissas do modelo de regressão linear simples, não apresentando efeitos de matriz pela comparação das inclinações e interceptos entre curvas de calibração matrizadas e usuais. A recuperação foi aceitável ficando entre 94,54% e 106,77%. Os desvios padrão relativos sob condições de repetibilidade e de precisão intermediária foram aceitáveis variando de 0,274% a 3,409% e 0,274% a 8,314%, respectivamente. Os limites de detecção e quantificação, para os edulcorantes e para a cafeína, ficaram entre 13,03 a 15,65 e 14,35 a 24,45 mg.L-1 respectivamente. Nas 28 amostras analisadas o edulcorante mais frequentemente encontrado foi o aspartame seguido de acesulfame de potássio, sacarina e ciclamato. Duas amostras apresentaram teor acima do valor permitido conforme RDC nº 778/2023 para a soma dos edulcorantes sendo consideradas insatisfatórias.

Conclusão

O método desenvolvido se mostrou adequado para o monitoramento do teor de edulcorantes e cafeína em amostras comercializadas no estado de Minas Gerais.