Dados do Trabalho


Título

PRODUÇÃO DE LIPÍDIO MICROBIANO A PARTIR DE VINHAÇA E MELAÇO VISANDO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E/OU BIOCOMBUSTÍVEIS

Introdução

Manter o crescimento sustentável e econômico com o uso dos recursos existentes e renováveis é crucial para manter nossas necessidades energéticas e alimentícias. Os lipídios estão em alta demanda na produção de alimentos, suplementos nutricionais, detergentes, lubrificantes e biocombustíveis. São tradicionalmente obtidos de sementes oleaginosas, entretanto, os métodos convencionais de produção de lipídios por si só não satisfazem a demanda crescente por dependerem de fatores que implicam diretamente em sua produção. Meios alternativos da produção de lipídios se mostram necessários para sua produção, diferentes tipos de microrganismos são capazes de armazenar lipídios a partir de diferentes fontes de carbono. A levedura Lipomyces starkeyi DSM 70296 já vem sendo amplamente estudada na área de produção de óleos microbianos para biocombustíveis em diferentes substratos sustentáveis e de baixo custo, por sua habilidade em adaptar-se aos meios de cultivo complexos. Utilizar substratos sintéticos pode elevar o custo de produção dos óleos microbianos, já o uso de resíduos e/ou subprodutos agroindustriais pode ser utilizado como substrato de baixo custo, como a vinhaça e o melaço, subprodutos da usina sucroalcooleira, agregando o seu valor uma vez que a vinhaça é um efluente abundante da produção de etanol e vem sendo utilizado na fertirrigação de solo de modo exacerbado. Devido ao seu conteúdo de sais, causam efeitos nocivos ao solo e rios, constituindo um problema ambiental. Portanto, objetivou-se utilizar a vinhaça e melaço como fontes de carbono para a produção de lipídios microbianos.

Material e Métodos

As fermentações foram realizadas utilizando vinhaça (V) e melaço (M), na proporção 95:05 (V/M), como meio de cultura, incubado a 28 °C e 200 rpm por 144 horas.

Resultados e Discussão

A levedura foi capaz de utilizar o melaço e a vinhaça, como fontes únicas de carbono, atingindo crescimento máximo de 11,3 g/L de biomassa microbiana e 27,98 % (m/m) de conteúdo lipídico.

Conclusão

Assim, a L. starkeyi foi capaz de utilizar a vinhaça e o melaço, sem suplementação de sais, para crescimento celular e acúmulo de lipídios, demonstrando que estes subprodutos, de baixo custo, são promissores para exploração na obtenção de produtos de alto valor agregado.

Área

Processos biotecnológicos para produção de alimentos e bioinsumos

Instituições

Istituto Federal do Tocantins - Tocantins - Brasil, Universidade Federal do Tocantins - Tocantins - Brasil

Autores

MARCIEL BRITO DE OLIVEIRA SILVA, THAIS FEITOSA DA SILVA, GABRIELA EUSTÁQUIO LACERDA, KALLYANA MORAES CARVALHO DOMINICES, SERGIO ANDRES VILLALBA MORALES, MICHELLE DA CUNHA ABREU XAVIER