Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA ALOE VERA

Introdução

A Aloe vera é uma planta conhecida por suas propriedades medicinais e nutricionais, atribuídas em grande parte aos seus compostos fenólicos. Estes compostos têm despertado interesse devido às suas potenciais atividades antioxidantes, que podem contribuir para a prevenção de diversas doenças relacionadas ao estresse oxidativo. O presente estudo teve como objetivo analisar os compostos fenólicos e a atividade antioxidante de diferentes partes da Aloe vera, incluindo casca in natura, polpa e casca seca.

Material e Métodos

Foram realizadas análises de compostos fenólicos totais (CFT) e atividade antioxidante (AA) utilizando os métodos do radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) e ABTS (ácido 2,2'-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico)). Os resultados foram expressos em equivalente de ácido gálico em miligramas por litro (mg EAG/L) para CFT e micromolar de Trolox (μM) para AA.

Resultados e Discussão

Os resultados demonstraram que a casca in natura apresentou o menor teor de CFT (146,39 mg EAG/L) e o maior teor de AA pelos métodos ABTS (2569,17 μM) e DPPH (667,92 μM), seguida casca seca com CFT (929,72 mg EAG/L), ABTS (2325,83 μM) e DPPH (252,08 μM) e por fim a polpa de Aloe vera com a maior concentração de CFT (929,72 mg EAG/L) e a menor AA de ABTS (1645,83 μM) e DPPH (218,75 μM).

Conclusão

Considerando esses resultados, podemos inferir que a atividade antioxidante não depende apenas da concentração de fenólicos totais, mas também de outros compostos presentes na amostra, bem como de fatores como a forma de preparo e processamento das amostras. Este estudo destaca a importância de considerar diferentes partes da Aloe vera na avaliação de seu potencial antioxidante. A casca in natura destacou-se dentre as amostras com o maior teor de atividade antioxidante, apesar de menor concentração de CFT, já a casca seca conseguiu manter elevados níveis de AA e obteve uma melhor concentração de CFT, sugerindo seu potencial uso na indústria de alimentos e cosméticos. Estudos futuros podem explorar técnicas de extração e formulação para maximizar o aproveitamento desses compostos.