Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE COENTRO, MICROENCAPSULAÇÃO COM BETA-CICLODEXTRINA E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA

Introdução

O coentro é uma planta aromática e seu óleo essencial (OE) contém compostos com diversas propriedades, como atividade antimicrobiana e antioxidante. A solubilidade e instabilidade do OE são fatores que restringem sua utilização; porém, as ciclodextrinas (CDs) são uma opção viável para melhorar sua aplicabilidade. Objetivos: Caracterizar o OE de coentro, microencapsular com a beta-CD, verificar a eficiência da encapsulação e avaliar a atividade antimicrobiana do OE livre e complexado.

Material e Métodos

O OE foi caracterizado por CG-MS e os compostos foram identificados por comparação utilizando a biblioteca NIST 2.0. Os complexos de inclusão (CIs) foram formados pelas metodologias de co-precipitação e amassamento na proporção 1:1 (mol), de acordo com o composto majoritário do OE. A eficiência da complexação (EC%) foi avaliada utilizando o método espectrofotométrico. A atividade antimicrobiana foi realizada pela metodologia de diluição em ágar frente aos microrganismos Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Candida albicans.

Resultados e Discussão

O linalol foi identificado como o composto majoritário do OE de coentro, com aproximadamente 62% da composição total, seguido pelo alfa-pineno e limoneno, com aproximadamente 9% e 6%, respectivamente. O OE de coentro apresentou uma EC% de aproximadamente 79% e 59% para a metodologia de co-precipitação e amassamento, respectivamente. O OE livre e os CIs não inibiram o crescimento do Staphylococcus aureus na concentração de 1500 µg/mL. Para Candida albicans, na concentração de 1500 µg/mL, o OE livre apresentou atividade de inibição do crescimento, e os CIs não apresentaram melhora da atividade antimicrobiana. Na mesma concentração, para o microrganismo Escherichia coli, o OE livre inibiu o crescimento bacteriano, e os CIs apresentaram atividade semelhante, enquanto que, para a mistura física, foi observada uma diminuição do crescimento deste microrganismo. É válido salientar que a EC% para o OE de coentro foi abaixo de 80%, resultando em uma baixa quantidade de OE nos complexos, o que pode ter afetado a atividade antimicrobiana. Conclusão – É possível sugerir o OE de coentro, na concentração testada, como antimicrobiano para possível utilização como conservante natural. Contudo, novos ensaios são necessários para melhorar a EC% e favorecer a ação antimicrobiana também dos CIs.

Conclusão

É possível sugrir o OE de coentro, na concentração testada, como antimicrobiano para possível utilização como conservante natural. Contudo, novos ensaios são necessários para melhorar a EC% e favorecer a ação antimicrobiana também dos CIs.

Área

Processos e tecnologias emergentes

Autores

BRUNA CARLA LEITE VIANA, Juliana Harumi Miyoshi, Sabrina Barbosa de Souza Ferreira, Gislaine Franco de Moura Costa, Carlos José Viana Júnior, Graciette Matioli