Dados do Trabalho
Título
EXTRAÇÃO DE MUCILAGEM OBTIDA DE COPRODUTO DE FRUTOS DE PITAYAS (Hylocereus polyrhizus E Hylocereus undatus)
Introdução
As mucilagens são materiais extraídos de vegetais e possuem carboidratos complexos na sua composição com alta capacidade de absorção de água, podendo atuar como espessantes, estabilizantes e emulsionantes. Existem diversas metodologias de extração da mucilagem de espécies vegetais, no entanto, poucas se relacionam a extração desses carboidratos de cascas de pitaya. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma metodologia de extração de mucilagem em cascas de pitayas das espécies Hylocereus polyrhizus e Hylocereus undatus.
Material e Métodos
Os frutos inteiros foram doados pelo projeto Piantare (Jacobina, Bahia), higienizados, despolpados e armazenados a vácuo em congelamento (-20ºC) para posteriores análises. Para extração, 50g de cascas, foram cortadas e adicionadas água destilada na proporção de 1:4 (casca:água) sendo mantidas por 18h em refrigeração (4ºC). Após esse período, as cascas imersas junto com a água destilada foram trituradas em liquidificador até adquirir aparência homogênea viscosa. As amostras foram então centrifugadas a 3500rpm a 14ºC por 1h. O sobrenadante foi coletado e precipitado com álcool de cereais na proporção de 3:1 (álcool:gel) por 30 minutos. Em seguida, o sobrenadante da precipitação foi coletado com auxílio de uma peneira e postos em placas para secagem em estufa a 45ºC por 2h. A mucilagem seca foi triturada manualmente, com auxílio de gral e pistilo, e passada em peneira (mesh-80) até que um fino pó fosse obtido.
Resultados e Discussão
Como resultados, a casca da espécie H. polyrhizus rendeu 0,1417g ± 0,0075g de pó de mucilagem, enquanto a casca da espécie H. undatus, obteve rendimento de 0,1210g ± 0,0022g. Apesar do rendimento reduzido, a utilização desse material em nanotecnologias demanda quantidades mínimas, geralmente inferiores a 1g. Assim, a metodologia testada mostra-se eficiente para a extração de mucilagem das cascas dessas espécies e possível aplicação em alimentos, visto que utiliza álcool de cereais, sendo esse evaporado. A escolha da extração de uma espécie em detrimento da outra depende da aplicação pensada para a mucilagem, tendo em vista que se tratando de espécies diferentes, as características físico-químicas dessas podem ser alteradas.
Conclusão
Apesar do rendimento reduzido, a utilização desse material em nanotecnologias demanda quantidades mínimas, geralmente inferiores a 1g. Assim, a metodologia testada mostra-se eficiente para a extração de mucilagem das cascas dessas espécies e possível aplicação em alimentos, visto que utiliza álcool de cereais, sendo esse evaporado. A escolha da extração de uma espécie em detrimento da outra depende da aplicação pensada para a mucilagem, tendo em vista que se tratando de espécies diferentes, as características físico-químicas dessas podem ser alteradas.
Área
Química, bioquímica e físico-química de alimentos
Autores
RHAISSA COELHO ANDRADE, VITÓRIA CAROLINE DE SOUZA CAETANO, LUIS FERNANDES PEREIRA SANTOS, CAMILA DUARTE FERREIRA RIBEIRO, DEBORAH MUROWANIECKI OTERO