Dados do Trabalho
Título
EXTRAÇÃO DA PECTINA DA CASCA DA BANANA COM PLASMA NÃO TÉRMICO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE PREBIÓTICA
Introdução
A casca de banana é um subproduto lignocelulósico da indústria de alimentos e apresenta um teor de pectina que varia de 10 a 20%. A pectina é considerada uma fibra alimentar e possui potencial para ser utilizada como prebiótico, além disso, pode ser extraída através de diversos tratamentos (químicos, enzimáticos e físico-químicos). Quando extraída da biomassa, a pectina sofre hidrólise e se solubiliza na solução de extração, podendo ser recuperada utilizando etanol. Neste trabalho, objetivou-se a extração da pectina da casca de banana utilizando plasma não térmico e água como solvente, bem como determinar o rendimento do processo, visando o aproveitamento de resíduos da indústria e a produção de prebióticos.
Material e Métodos
A atividade prebiótica da pectina extraída foi avaliada de acordo a multiplicação microbiana de cepas de Lactobacillus plantarum e Bifidobacterium bifidum quando nutridas com diferentes substratos, entre eles: a pectina de estudo, pectina cítrica comercial, glicose e um grupo controle negativo. As cepas foram incubadas e a contagem de colônias foi realizada através de diluições seriadas e plaqueamento em profundidade utilizando ágar MRS nos tempos de 12, 24, 48 e 72 horas. A análise estatística foi realizada utilizando o software Origin Statistica®, os resultados foram avaliados por análise de variância (ANOVA) e as diferenças significativas foram determinadas pelo teste de Tukey em nível de probabilidade inferior a 5% (p<0,05).
Resultados e Discussão
A pectina extraída da casca da banana apresentou potencial prebiótico superior em comparação à pectina cítrica comercial. Essa diferença foi evidenciada por um aumento médio de 0,60 log UFC/mL para B. bifidum e 0,34 log UFC/mL para L. plantarum nas análises de populações microbianas. A extração da pectina utilizando plasma não térmico e água apresentou rendimento de 7,3 ± 0,07%, sendo este percentual a relação entre pectina e biomassa seca e processada da casca da banana, o rendimento está próximo ao de extrações utilizando pré-tratamento com ácido cítrico (8,4 ± 0,13%).
Conclusão
Os resultados deste trabalho são positivos pois apontam para uma possível contribuição para reduzir o desperdício e para aumentar a sustentabilidade no setor alimentício, bem como incentivar a produção de um prebiótico com impacto positivo na saúde humana.
Área
Sustentabilidade na cadeia produtiva de alimentos
Instituições
Universidade Federal de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil
Autores
ALESSANDRA SUSIN BURATTO, Maria Angélica Freitas PEREIRA, Patrícia Poletto