Dados do Trabalho
Título
Hidrolisado de Soja Ardida: Caracterização de um Bioestimulante
Introdução
A produção global de soja atingiu 369,029 milhões de toneladas, com o Brasil destacando-se como o maior produtor mundial. A soja, rica em aminoácidos, é amplamente utilizada na fabricação de óleo e lecitina. No entanto, a ardência de grãos de soja nos cilos compromete a qualidade e o valor comercial, resultando em grãos com coloração e sabor alterados. Assim, este estudo propõe testar o efeito de um hidrolisado feito de soja ardida na germinação da soja. a soja.
Material e Métodos
Primeiramente o hidrolisado foi caracterizado quimicamente e apresenta 0,75% de nitrogênio, 4,14% de proteína total, 14,,68% de grau de hidrólise, 78,62% de umidade, 9,20% de cinzas e 14,68% de gordura. A avaliação desses dados fornece uma visão sobre a possibilidade de uma nova utilização para a soja ardida, visto seu teor de proteínas e a possibilidade de presença de aminoácidos e peptídeos, que nas plantas podem atuar como bioestimulantes. Após a caracterização foram conduzidos os experimentos para germinação da soja em estufas do tipo BOD, em folhas de papel próprio para germinação. As sementes foram regadas diariamente, permaneceram sob temperatura de 25°C, luz 24 horas/dia por 7 dias. Foram testadas quatro concentrações diferentes do hidrolisado de soja (0%, 0,5%, 1,0% e 1,5%) em solução aquosa.
Resultados e Discussão
Os resultados preliminares revelaram que, dentre um total de 100 sementes, o grupo controle (0%) apresentou 69 sementes germinadas, enquanto os grupos tratados com concentrações do hidrolisado foi de 0,5%, 1,0% e 1,5% germinaram 74, 77 e 84, sementes, respectivamente. Estes achados sugerem que tais concentrações foram eficazes como tratamentos para as sementes. Como próxima etapa, serão testadas concentrações maiores dos hidrolisados de soja ardida, visando aprimorar os índices de germinação. A proposta do estudo é apresentada como uma estratégia para utilizar os grãos ardidos de forma sustentável, investigando seu potencial como bioestimulante na germinação da soja.
Conclusão
Estes achados sugerem que tais concentrações não foram eficazes como tratamentos para as sementes, ou mesmo há a possibilidade de as sementes que foram utilizadas não estarem em ótima qualidade. Como próxima etapa, serão testadas concentrações menores dos hidrolisados de soja ardida, visando aprimorar os índices de germinação, bem como serão trocadas as sementes. A proposta do estudo é apresentada como uma estratégia para utilizar os grãos ardidos de forma sustentável, investigando seu potencial como bioestimulante na germinação da soja.
Área
Sustentabilidade na cadeia produtiva de alimentos
Instituições
Universidade Federal do Paraná - Paraná - Brasil
Autores
CARLOS HENRIQUE TENÓRIO DE LIMA, Ketelyn Raquel dos Santos Santana , Regiane Araújo dos SANTOS1, Francisco de Queiroz LUNA, Évelin Lemos de OLIVEIRA, Jean Halison de OLIVEIRA, Eduardo César MEURER, Valquiria de Moraes Silva RIBEIRO