Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: DAMAGE CONTROL NO TRATAMENTO DE UM PACIENTE APRESENTANDO FRATURA EXPOSTA DE FÊMUR DIAFISÁRIO E LUXAÇÃO EXPOSTA DE TÁLUS EM UM HOSPITAL DO VALE DO ITAJAÍ

Introdução

Somente no ano de 2019, em Santa Catarina, 4366 óbitos por causas externas foram registrados. Desses, 1440 ocorreram por acidentes automobilísticos; destacando a causa, portanto, como a maior responsável pela morbidade por causas externas no estado. Desse modo, vítimas desses eventos necessitam de uma padronização no processo de abordagem tanto inicial quanto definitiva por intermédio do chamado damage control.

Objetivos

Relatar um caso ortopédico abordado em um hospital do Vale do Itajaí e analisar o controle de
danos no tratamento de um paciente com fratura exposta de fêmur e luxação exposta de tálus.

Descrição do Caso

D.R., 19 anos, masculino, vítima de acidente entre moto x caminhão, atendido no setor de emergência; apresenta luxação exposta em região anterior de tornozelo direito, bem como fratura exposta de diáfise de fêmur evidenciada em radiografias do membro inferior direito, as quais evidenciaram fratura exposta de diáfise de fêmur. Após debridamento e limpeza árdua das lesões, realizou-se a redução aberta da luxação do tálus e, como medida de controle de danos, foram posicionados fixador externo modular em fêmur direito, visando posterior haste intramedular de fêmur após 2 semanas, fixador modular externo tipo delta em tornozelo direito, assim como montagem de pinos em tíbia direita para fixação transarticular. Como conduta adjunta, optou-se por antibioticoprofilaxia e tromboprofilaxia.

Conclusão

Fraturas e luxações expostas são guiadas pela classificação de Gustilo e Anderson, sendo divididas de acordo com a configuração da fratura, grau de lesão de partes moles e intensidade do trauma. Além do debridamento, limpeza exaustiva e irrigação da ferida, alguns tratamentos podem ser realizados visando o damage control, como a fixação externa, com o objetivo de auxiliar na dor, reduzir sangramento e preservar vascularização, através de um mecanismo de alinhamento ósseo e prevenção de lesão de partes moles. Para diagnóstico, avaliação e controle do tratamento implementado e prognóstico das lesões, o exame clínico deve ser associado com o controle radiológico. Deste modo, com todo embasamento, as condutas terapêuticas do presente caso foram guiadas. Logo, o controle de dano ortopédico em fratura de diáfise femoral e luxação exposta de tálus, associado a antibioticoprofilaxia e tromboprofilaxia, tornam-se objeto fundamental no tratamento qualificado e busca pelo melhor prognóstico a essas graves lesões que regem de uma abordagem protocolada.

Palavras Chave

Controle de danos; Fratura exposta; Luxação exposta.

Área

TRAUMA ORTOPÉDICO

Autores

PEDRO AUGUSTO BECHER BACH, PEDRO HENRIQUE THEODOROVICZ SORIANI, RODRIGO VELOSO SANTIAGO, RYAD FAYEZ MEHANNA, THAINA MARIZ COSTA, CASSIANO ROBERTO DE ABREU CHAVES DA SILVA, DANIEL MARCELO SEA TERRAZAS, LUCYANN VICTOR DE OLIVEIRA, NELZIMAR FRANCISCO ZIMERMANN CASSIANO, RODRIGO SCHUEDA BIER