Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO VIDEOARTROSCOPICO DE RIZOARTROSE COM ENDO-BOTTON – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS FUNCIONAIS

Introdução

A osteoartrose da articulação carpo-metacarpiana do polegar – rizartrose, é uma das afecções articulares degenerativas mais frequentes na mão, com ampla incidência em mulheres. Gera sintomatologia variável, pacientes refratários ao tratamento conservador apresentam indicação cirúrgica, havendo diversas técnicas operatórias. A técnica avaliada neste estudo é a artroscópica com ressecção parcial do trapézio associada a ligamentoplastia/ suspensoplastia com endo-botton. O presente trabalho visa avaliação dos resultados funcionais nesse tratamento.

Material e Método

Foram incluídos no estudo pacientes com rizartrose sem resposta adequada com tratamento conservador; 09avaliados pelo questionário QUICK- DASH, escala visual analógica da dor, força de preensão do polegar e força de pinça, realizados com 1 semana pré-operatória e 6 meses pós-operatório. O procedimento artroscópico, na articulação trapeziometacarpiana, pelos acessos dorso-radial e dorso, com ressecção parcial do trapézio em artroplastia e ligamentoplastia/ suspensoplastia com endo-botton entre primeiro e segundo metacarpos.

Resultados

O estudo foi composto de 26 pacientes; destes, 20 do sexo feminino e 19 (73%) operaram lado não dominante. Maior prevalência em aposentados (46%) ou atividades laborais leves (39%), idade entre 50 e 59 anos (sexta década) (46%). O questionário QUICK-DASH, média de 65,2 no pré-operatório, e 20,1 após 6 meses. A escala visual analógica da dor, média pré-operatória de 7,1; e pós-operatória de 1,5. A força de preensão pré-operatória obteve 14,5N, com melhora para 17,6N. O mesmo ocorreu na força de pinça, com pré-operatório de 3,3Kg e pós-operatório de 4,3Kg. O retorno as atividades de vida diária ocorreu com média de 4,9±2,5 semanas.

Conclusão

A maior prevalência entre mulheres (73%) também foi encontrada em outros estudos, como Wahl et al e Ribak et al. A faixa etária com maioria entre quinta e sexta décadas, 65%, semelhante a Meireles et al. O retorno as atividades foi precoce, com média de 4,9 semanas, como no estudo de Lögters et al. Houve melhora de pontuação no questionário QUICK-DASH e escala visual analógica da dor, além de aumento de força de pinça e preensão conforme esperado com o tratamento.
O procedimento deste estudo é confiável, com bons resultados, melhora quadro álgico e funcional do membro, com resultados semelhantes as demais técnicas, mas promovendo menor agressão, gerando retorno precoce as atividades cotidianas.

Palavras Chave

1: rizoartrose 2: videoartroscópico 3: endo-botton

Área

MÃO

Autores

YOLANDA GUAREZI SCHMITT, SULLIVAN GEORGE SAVARIS, ANDRE DIAS DE OLIVEIRA BRITO, NELZIMAR FRANCISCO ZIMERMANN CASSIANO