Dados do Trabalho

Título

O BAIXO NIVEL DE FLEXIBILIDADE INICIAL INTERFERE NO RENDIMENTO DE ATLETAS DE GINASTICA RITMICA?

Introdução

A ginástica rítmica é caracterizada pela demanda de equilíbrio, flexibilidade, agilidade, força e ritmo. Ao iniciar a modalidade, algumas atletas possuem um nível de flexibilidade baixo enquanto outras possuem um nível alto. A falta dessa aptidão física muitas vezes exclui algumas atletas do esporte, mas será que isso é mesmo necessário?

Objetivo

Acompanhar a flexibilidade por meio do flexiteste de ginastas rítmicas durante a pré-temporada no decorrer de oito anos, desde os 9 até 16 anos de idade, identificando assimetrias entre os membros e o desenvolvimento dessa aptidão.

Métodos

Estudo de coorte retrospectivo. Doze ginastas rítmicas foram avaliadas. A flexibilidade foi medida usando o flexiteste (>60 = Hipermobilidade). Os dados coletados foram do ano de 2022. O teste de Friedmann foi usado para avaliar a trajetória da flexibilidade por meio do flexiteste e o teste de Wilcoxon para analisar as assimetrias entre os membros. Um nível de significância de 0.05 foi adotado.

Resultados

As atletas (7) que iniciaram a modalidade com um nível de flexibilidade alto (62,92) mantiveram a sua performance ao longo dos 8 anos (62,64), enquanto as atletas (5) que iniciaram a modalidade com um nível baixo (41) desenvolveram essa aptidão ao longo dos anos (56,7). O pico de flexibilidade durante os 8 anos foi nas idades 14 (p = 0.04) e 15 (p = 0.00). Algumas atletas demonstraram assimetria significativa entre os membros: Atleta1 (p = 0.00), Atleta4 (p < 0.00), Atleta7 (p < 0.00), Atleta11 (p < 0.00) e Atleta12 (p = 0,01).

Conclusão

O nível de flexibilidade inicial não exclui a capacidade de desenvolvimento dessa aptidão física e a assimetria está presente em ginastas rítmicas.

Relevância

O treinamento de flexibilidade desenvolve essa aptidão física ao longo dos anos e as assimetrias devem ser observadas em atletas de alto nível de performance esportiva.