Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLOGIA DE DORES E LESOES DURANTE A TAÇA BRASIL 2023 DE FUTSAL FEMININO

Introdução

O futsal feminino tem crescido mundialmente, entretanto poucos estudos caracterizam o treinamento das atletas brasileiras e suas lesões.

Objetivo

Caracterizar os treinos, dores e lesões das atletas participantes da Taça Brasil de Clubes de Futsal Feminino/2023 (TBCFF).

Métodos

Estudo transversal aprovado por comitê de ética, realizado na TBCFF. Foram coletados dados antropométricos, da prática esportiva, rotina do clube, intensidade de dor e lesões. Os dados foram analisados por meio do software SPSS®.

Resultados

Entrevistou-se 112 atletas durante a TBCFF, com 24,3±4,7 anos, 60,7±7,46 Kg e IMC 22,9±2,53 Kg/m. Destas, 80,4% competiam nacionalmente, faziam 3,73±0,07 jogos/mês, treinavam taticamente em quadra 3,96±2,01 dias/semana, treinavam força 2,47±1,77 dias/semana, físico em quadra em 2,05±1,58 dias/semana e 74,1% realizavam recovery. Das atletas, 42,9% apontaram lesão com afastamento do futsal no último ano, no tornozelo e pé (44,18%), coxa (20,93%), o principal mecanismo foi entorse (41,7%). A dor esteva presente em 36,6%, com intensidade de 4,85±1,68, no joelho (42,10%), tornozelo/pé (26,31%) e se relacionava de forma fraca (r=-0,241; p=0,011) com o número de jogos/mês. O controle de cargas era implementado por 58% das atletas. Quando se separou o grupo com e sem lesão, observou-se, respectivamente, diferença para o número de treinos táticos com 5,16 (±0,97) e 3,06 (±2,12) (p=0,000) e para o número de treinos de força com 2,08 (±1,00) e 2,76 (±2,13) (p=0,043).

Conclusão

As jogadoras de futsal apresentam lesões em MMII, grande demanda de treinos táticos e físicos e faziam recovery para fadiga e dor muscular tardia. A dor se relacionou com o número de jogos. As atletas com lesões tinham mais treinos táticos.

Relevância

Estes resultados servem de base para novas implementações de controle de carga e treinamentos, além do manejo para prevenção e recuperação de lesões no futsal feminino.