Congresso Catarinense de Obstetrícia e Ginecologia

Dados do Trabalho


Título

AMOSTRA CLÍNICA DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL DA A REGIÃO NORTE-CATARINENSE

Introdução

A doença trofoblástica gestacional (DTG) compreende um grupo heterogêneo de proliferação celular do epitélio trofoblástico (sincício e cito)1. Divide-se em formas clínicas benignas: mola hidatiforme completa (MHC) e mola hidatiforme parcial (MHP) e formas clínicas malignas: neoplasias trofoblásticas gestacionais (NTG) como mola invasora, coriocarcinoma (CC), tumor do trofoblástico de sítio placentário (PSTT) e tumor trofoblástico epitelióide (TTE).

Material e Método

Estudo retrospectivo no qual foi consultado prontuários (pelo sistema Micromed), 44 pacientes atendidas no ambulatório de DTG no período de novembro de 2017 a julho de 2021, coletando dados: idade, paridade, idade gestacional, número de consultas, e tipo de DTG no anatomopatológico ou pela imunohistoquímica.

Resultados

Das 44 pacientes, 14 possuíam mola hidatiforme completa, 10 possuíam mola hidatiforme parcial, 13 foram classificadas como mola hidatiforme SOE e 7 foram casos de neoplasia trofoblástica gestacional. A faixa etária com maior número de casos de DTG foi 20-35 anos (81,81%), seguido de >35 anos (15,9%) e, por fim, < 20 anos de idade (2,27%). A quantidade de consultas durante o seguimento no centro de referência norte-catarinense foi um dos parâmetros avaliados, sendo que a maioria dos casos de DTG foi acompanhada por mais de 10 consultas médicas (38,63%). As pacientes monitoradas por 5 a 10 consultas compreendem 34,09% do total; enquanto a minoria (27,27%) passou por menos de 5 atendimentos. 14 pacientes eram primigestas e 30 eram multíparas. 10 desconheciam a idade gestacional, 27 estavam com < 12 semanas e 7 ≥12 semanas.

Discussão e Conclusões

A faixa etária encontrada se assemelha ao resultado encontrado em estudo realizado em Sergipe. (Matos, et al., 2021). Em relação ao tipo de DTG e o número de consultas, a maioria das pacientes com diagnóstico de MHC tiveram 5 ou mais atendimentos. Nas MHP, das 10 pacientes, 6 compareceram em até 10 atendimentos. Nenhuma paciente com neoplasia trofoblástica gestacional foi acompanhada com menos de 5 consultas. Isso faz associação com o tempo de regressão do BHCG quantitativo ao longo do seguimento.

Palavras Chave

doença trofoblástica gestacional; perfil epidemiológico; análise clínica

Arquivos

Área

Obstetrícia

Autores

SIGIAN KEREN NUNES, CAROLINA OLIVEIRA BARBOSA, LUISA DE CARVALHO GARCIA, IZABELA BOGO, JOSÉ EDUARDO GAUZA