XI Congresso Sulbrasileiro de Biomedicina / I Congresso Sulbrasileiro de Biomedicina Estética

Dados do Trabalho


Título

INTERAÇAO ENTRE HEREDITARIEDADE E DEPENDENCIA QUIMICA DE SUBSTANCIAS LICITAS NA ADOLESCENCIA

Fundamentação/Introdução

Introdução: A dependência química é uma condição de saúde complexa e recidivante, definida pela incapacidade do indivíduo de controlar o uso de substâncias devido a alterações cerebrais. O reforço envolvido na interação com transtornos psiquiátricos e os desafios do diagnóstico, com foco na adolescência como período crítico para o desenvolvimento da dependência e a hereditariedade genética que pode ser ocasionada por essas dependências.

Objetivos

Objetivo: Destacar a importância do cuidado com dependências químicas na adolescência e que também podem ser hereditárias.

Delineamento e Métodos

Metodologia: Trabalho de revisão de literatura feita de 1999 a 2019 em plataformas da Scielo, UCS e UFRGS.

Resultados

Desenvolvimento: A dependência química envolve muitos fatores, incluindo componentes genéticos e neurobiológicos. O sistema de recompensa cerebral, com a atuação no sistema dopaminérgico fazendo um papel central nesta investigação de mudanças polimórficas nos genes drd1, drd2, drd3, drd4 e drd5 é crucial no entendimento da fisiopatologia. Mecanismos epigenéticos também desempenham um papel na alteração da expressão gênica relacionada à dependência pois tem como característica a alteração de mais de um gene para que seja possível essa herdabilidade, foi analisado polimorfismos em receptores dopaminérgicos e gabaérgicos, localizaram maior predomínio do alelo drd2-a1 e menor do alelo gabrb3-g1 em alcoólatras graves mas também alterações no gene c-1291g responsável pelo receptor ADRA2A que interage com a nicotina. Transtornos psiquiátricos e dependência coexistem, podendo agravar ambas. As entrevistas têm um papel fundamental no rastreamento e diagnóstico da dependência. A adolescência é um período delicado, com fatores genéticos, ambientais e sociais atuando um papel relevante no início do uso de substâncias, portanto, é importante destacar a dependência. O IBGE no ano de 2015 registrou que o sul totaliza 32% dos adolescentes do Brasil que utilizam bebidas alcoólicas. O cérebro em desenvolvimento na adolescência é mais suscetível a mudanças induzidas por substâncias.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusão: Alterações epigenéticas e de genes, quando expressos, aumentam a predisposição ao consumo de substâncias como álcool, nicotina e a influência de transtornos psiquiátricos destaca a necessidade de abordagens de tratamento. O diagnóstico é crucial para tratamentos eficientes. A ênfase da adolescência como um período crítico realça a prevenção e intervenção precoce para conter o risco de desenvolvimento de dependências químicas.

Palavras Chave

Palavras-chave: Dependência, adolescência, hereditariedade, herdabilidade, genéticos, gene, alelo.

Arquivos

Área

Tema Livre

Autores

JOAO FELIPE PALUCH