XI Congresso Sulbrasileiro de Biomedicina / I Congresso Sulbrasileiro de Biomedicina Estética

Dados do Trabalho


Título

NANOEMULSOES CONTENDO OLEO DE AÇAI: AVALIAÇAO DA ESTABILIDADE E DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA

Fundamentação/Introdução

O açaí é uma fruta com alta capacidade antioxidante e anti-inflamatória. Já o óleo do açaí apresenta atividade antimicrobiana contra diferentes bactérias. No entanto, sua baixa solubilidade aquosa, dificulta sua administração e absorção, neste contexto, formulações nanoestruturadas podem ajudar a superar estas limitações.

Objetivos

Este estudo experimental teve como objetivo preparar, caracterizar, avaliar a estabilidade e a atividade antimicrobiana de nanoemulsões contendo óleo de açaí.

Delineamento e Métodos

As nanoemulsões foram preparadas por emulsificação sob alta agitação e emulsificação espontânea. As formulações (n=3) foram caracterizadas quanto a: tamanho médio de gotículas, índice de polidispersão (IPD), potencial zeta (PZ) e pH durante 90 dias, armazenadas em diferentes condições: 4 ºC, 25 ºC e 40 ºC. A atividade antimicrobiana do óleo livre foi realizada pelo método de disco difusão. O potencial antimicrobiano do óleo livre e nanoemulsionado foi avaliado através do método de diluição em caldo para determinar a concentração inibitória mínima (CIM).

Resultados

Logo após o preparo as nanoemulsões produzidas pelo método de alta energia apresentaram tamanho de gotícula por volta de 90 nm, IPD menor que 0,3, PZ negativo e pH ácido. Já as formulações obtidas por emulsificação espontânea apresentaram tamanho por volta de 175 nm, IPD em torno de 0,1, PZ negativo e pH ácido. Após 60 dias as formulações produzidas sob alta agitação, apresentaram aumento no tamanho e alteração nas propriedades organolépticas, sugerindo perda de estabilidade. Já as formulações preparadas pelo segundo método não se alteraram de forma significativa durante o período de 90 dias nas diferentes condições. O óleo de açaí livre não apresentou inibição para os microrganismos Candida albicans, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. Além disso, tanto o óleo livre quanto as nanoemulsões não apresentaram potencial de inibição significativo do crescimento microbiano na análise de diluição em caldo.

Conclusões/Considerações Finais

Foi possível constatar que as características físico-químicas das nanoemulsões foram adequadas e mantidas durante o armazenamento. O óleo de açaí livre e nanoemulsionado não demonstrou atividade antimicrobiana significativa, fato que pode estar relacionado com a composição do óleo empregado a qual sofre influência de vários fatores como época da colheita e condições climáticas.

Palavras Chave

Espécies bacterianas, antibióticos, Euterpe oleracea Mart., ácidos graxos.

Arquivos

Área

Tema Livre

Autores

JULIA KUBASZEWSKI NUNES, LUANA ROSA DA SILVA, TICIANE DA ROSA PINHEIRO, ROBERTO CHRIST VIANNA SANTOS, ALINE FERREIRA OURIQUE