Congresso Pernambucano de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA TIPO SEPTAL ASSIMÉTRICA: UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

A Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é uma doença genética rara, acarretando em alterações no músculo cardíaco. Acredita-se que há uma subnotificação dos casos em virtude dos sintomas sobrepostos com outras patologias e dificuldade de acesso aos métodos complementares para o diagnóstico.

Objetivos

Descrever e compreender o quadro clínico, a fisiopatologia e os métodos diagnósticos da CMH.

Descrição do Caso

Este estudo é um relato de caso de CMH em uma mulher de 43 anos, hipertensa estágio 1, com histórico de sintomas de fadiga, dispneia aos moderados esforços e um episódio de lipotimia.
Paciente do sexo feminino, 43 anos, previamente hipertensa estágio 1 e hígida com relato de lipotimia em dezembro de 2021. Apresentava também fadiga e dispneia CF II (NYHA) há alguns meses. Em virtude desse quadro, realizou inicialmente o Ecocardiograma Transtorácico (ETT) e em seguida o ecocardiograma transesofágico (ETE) que evidenciou hipertrofia septal e parede apical (16mm) com função preservada do ventrículo esquerdo, não tinha sinais de obstrução dinâmica de via de saída. Foi submetida à Ressonância Magnética (RM) cardíaca, que apresentou átrio esquerdo com dilatação importante, Ventrículo Esquerdo (VE) com dimensões preservadas, Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE) assimétrica, com predomínio anterior. Ausência de trombos intracavitários, câmaras direitas normais. Exame compatível com cardiomiopatia hipertrófica com predomínio anterior, Fração de Ejeção de VE 62% e Ventrículo Direito (VD) de 51%. A suspeita do diagnóstico de CMH ocorreu pelo ETE apresentando HVE acentuado, o que não acontece na hipertensão arterial, em que estágios avançados a alteração geométrica ventricular mais comumente encontrada é a hipertrofia concêntrica. A realização do ecocardiograma (ECG) sob estresse mostrou alterações nas pressões de enchimento ventricular, logo a lipotímia não foi ocasionada por uma obstrução dinâmica em via de saída, podendo ser causada pela disfunção diastólica ou condicionamento físico. A RM cardíaca, padrão ouro, confirmou a suspeita clínica associada ao ETE. O quadro clínico associado aos exames complementares contribuíram para confirmar a suspeita de CMH e excluir outros diagnósticos.

Conclusões/Considerações Finais

O diagnóstico do caso relatado ressalta a importância do diagnóstico diferencial das patologias cardíacas e da necessidade de métodos complementares para o diagnóstico preciso da CMH.

Área

Tema Livre

Instituições

Pronto-socorro cardiológico universitário de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

MARIA BIANCA JERÔNIMO COSTA, Levi Marinho Lúcio, Maria Luiza de Oliveira Pereira, Greyce Elias Ferreira De Sousa, Amadeu Teodoro dos Santos Neto