Dados do Trabalho

Título

Análise do perfil sociodemográfico e a presença de Transtorno de Compulsão Alimentar em pacientes pré-operatório de cirurgia bariátrica de um Hospital Universitário

Fundamentação/Introdução

A obesidade é um problema de saúde global que afeta milhões de pessoas e está associada frequentemente a doenças crônicas como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. Sua prevalência tem aumentado de forma alarmante, impulsionada por diversos fatores, incluindo estilos de vida sedentários e dietas ricas em calorias e aspectos psicológicos, como o Transtorno de compulsão alimentar (TCA), condição na qual o indivíduo consome grandes quantidades de comida em um curto período, acompanhada por uma sensação de perda de controle sobre a alimentação e sentimentos de culpa ou vergonha. Este transtorno não apenas contribui para o ganho de peso e para a obesidade, mas também afeta a saúde mental, exacerbando problemas como ansiedade e depressão. Em muitos estudos o perfil sociodemográfico das pessoas afetadas por obesidade e TCA revela uma complexa interação entre fatores econômicos, educacionais e culturais, nos quais mostram que grupos socioeconômicos mais baixos, minorias raciais e indivíduos com menor nível educacional são frequentemente mais vulneráveis a essas condições.

Objetivos

Identificar em pacientes com obesidade, a presença de critérios que os caracterizem com TCA e a prevalência de acordo com sexo, idade, raça e escolaridade.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal e descritivo de uma amostra de 100 pacientes atendidos no ambulatório de pacientes pré-operatórios de cirurgia bariátrica. Foi utilizado o Questionário sobre Padrões de Alimentação e Peso – 5 (QEWP-5) para diagnóstico de TCA e teste Qui-quadrado para análise do sexo, raça e escolaridade e teste T para idade.

Resultados

A prevalência de TCA na amostra foi de 10 pacientes, sendo 8 deles do sexo feminino e 2 do sexo masculino. A idade apresentou distribuição normal de acordo com o teste de Shapiro-Wilk (p=0,672). A média das idades dos pacientes com TCA foi de 40,1 anos. 40% deles de raça branca e 30% de raça parda. 50% apresentou ensino médio completo. Não houve associação estatisticamente significativa entre sexo (p=0,599), raça (p=0,396), escolaridade (p=0,607) e idade (p= 0,819) com TCA.

Conclusões/Considerações finais

A prevalência de TCA na amostra foi de 10%, e a maior parte ocorreu em pacientes do sexo feminino. Ademais, a partir da análise dos dados encontrados, percebe-se que não há associação estatística significativa entre TCA e as características sociodemográficas estudadas.