Congresso Pernambucano de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS DE VIDA NO CONTROLE DA ASMA EM PACIENTES ACOMPANHADOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO

Fundamentação/Introdução

Os hábitos de vida exercem influência no controle da asma, uma condição crônica caracterizada por inflamação das vias respiratórias e hiperresponsividade brônquica. Fatores como dieta, atividade física, exposição a alérgenos e tabagismo podem afetar diretamente a gravidade dos sintomas e a frequência de exacerbações.

Objetivos

Avaliar a influência dos hábitos de vida no controle da asma em pacientes acompanhados em serviço de referência de Pernambuco.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e descritivo, do tipo corte transversal, no período de agosto de 2023 a agosto de 2024, em que foram coletados e analisados dados de 44 prontuários de pacientes adultos com diagnóstico de asma (quadro clínico associado à espirometria com resposta após uso de broncodilatador), considerando as variáveis atividade física e tabagismo e o controle dos sintomas diários, conforme o teste de controle de asma (ACT), questionário de cinco perguntas sobre a frequência e a gravidade dos sintomas, a interferência nas atividades diárias e o uso de medicação de resgate nas últimas quatro semanas.

Resultados

Observou-se que 27,3% dos pacientes praticavam atividade física, enquanto 72,7% não. Entre aqueles que se exercitam, 91,6% têm sua asma bem controlada. Quanto ao tabagismo, a maioria (70,45%) dos pacientes não fuma, 15,9% são expostos ao tabagismo passivo, 11,36% são ex-tabagistas e 2,3% são fumantes ativos. Dos não fumantes, 64,5% apresentam bom controle dos sintomas, 22,5% têm asma razoavelmente controlada e 12,9% sofrem de asma mal controlada. Entre os que tiveram ou têm contato com a nicotina, 69,2% têm um bom controle, 23% apresentam mau controle e 7,6% têm asma razoavelmente controlada.

Conclusões/Considerações finais

Os resultados destacam a influência significativa dos hábitos de vida, como a prática de atividade física e o tabagismo, no controle da asma. A associação positiva entre atividade física e melhor controle da doença ressalta a importância do incentivo à prática regular de exercícios como uma medida não farmacológica eficaz. Pode-se perceber também que independente do status tabágico, a maior parte dos pacientes apresentaram um bom controle dos sintomas, demonstrando que outros fatores podem estar mais relacionados ao bom manejo da doença, como medicações em uso e vacinação. Ratifica-se então a importância de abordagens multidisciplinares que utilizem os hábitos de vida como estratégias para melhorar a qualidade de vida e reduzir os impactos da doença.

Área

Tema Livre

Instituições

Faculdade Pernambucana de Saúde - Pernambuco - Brasil, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - Pernambuco - Brasil

Autores

MARIA FERNANDA OLIVEIRA DA SILVA, CLARISSA DE LIRA MATOS, ISABELA FONSECA BEZERRA MAGALHÃES CARVALHO, MATHEUS MARINHO GOMES CORREIA, LUIZ EDUARDO DE ALMEIDA RAMALHO SALES