Dados do Trabalho

Título

Diagnóstico de Neurocriptococose em paciente imunocompetente: Relato de Caso

Introdução

A neurocriptococose é uma meningoencefalite causada pelo Cryptococcus neoformans e uma importante infecção oportunista, apresentando maior incidência em pacientes imunossuprimidos: portadores de HIV, em uso de corticoterapia ou pacientes que realizaram transplante de órgão sólido. A incidência da doença em pacientes imunocompetentes, sem comorbidades associadas é pequena, com poucos relatos de caso publicados.

Objetivos

Relatar o diagnóstico do caso de neurocriptococose em uma paciente imunocompetente.

Descrição do Caso

Paciente, 48 anos, sexo feminino foi admitida na enfermaria de clínica médica com história de crises de cefaleia holocraniana, de forte intensidade há um mês associado à crises de ausência e febre diária – não aferida - há 8 dias da admissão. Foi avaliada pela neurologia e realizou TAC de crânio, que não evidenciou lesões agudas. Exames laboratoriais evidenciaram Hb:10,5 g/dL; Ht: 30,5%; Leucócitos: 12900 mm3; Plaquetas 465.000; Na 124 mEq/L; Ur: 13 mg/Dl; Cr 0,54 mg/Dl; sendo iniciada reposição de sódio para hiponatremia aguda, e ceftriaxone, devido quadro de febre persistente e leucocitose. Na admissão hospitalar, a paciente persistia com febre, cefaleia e crises de ausência, além de turvação visual. Nos exames laboratoriais admissionais evidenciaram Leucócitos 12100 mm3; Na 134 mEq/L; PCR < 6 mg/Dl; sorologias de Hepatite B e C, Sífilis e HIV não reagentes. Foi solicitado LCR, que evidenciou Leucócitos: 248 mm³; Proteínas: 278 mg/dl; Glicose 20 mg/dl; Tinta da China: Positivo. O caso foi dado o diagnótico de Neurocriptococose, sendo iniciada Anfotericina B associada ao Fluconazol e paciente foi transferida para outro serviço a fim de término de tratamento e condução do caso.

Resultados

Conclusões e Considerações Finais

Os casos de meningoencefalite em pacientes imunocompetentes são raros e têm prognóstico ruim. Diante do caso de uma paciente com manifestações clínicas neurológicas, com evolução progressiva, exame de imagem sem alterações que as justifiquem, associado à quadro febril, é importante a análise do líquido cefalorraquidiano para o diagnóstico de meningites e inicio do tratamento adequado.

Área

Tema Livre