Dados do Trabalho
Título
MANEJO CLÍNICO DE CASOS DE MONKEYPOX: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Fundamentação/ Introdução
Monkeypox (MPX) é uma zonoose viral causada pelo vírus monkeypox, pertencente ao gênero orthopoxvirus com caráter endêmico em áreas da África. Em maio de 2022 foi observado um surto em regiões não endêmicas. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e uso de materiais contaminados. O manejo clínico de MPX depende da gravidade do caso e deve incluir o tratamento sintomático e de suporte, manejo de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os fatores de riscos associados à apresentação grave da doença e pior prognóstico são crianças com menos de 8 anos, gestantes e pacientes imunossuprimidos.
Objetivo
Realizar uma revisão sistemática baseada em evidências relevantes disponíveis abordando o manejo clínico de pacientes com MPX.
Delineamento e Métodos
A coleta de dados foi realizada por meio de buscas nas bases de dados LILACS, SCIELO, PUBMED, utilizando como descritores os termos monkeypox e clinical managment. Como critérios de exclusão consideraram-se: trabalhos que não abordaram manejo clínico. O processo de seleção, leitura e análise dos artigos foi conduzida por pares.
Resultados
Entre os 48 títulos encontrados, foram selecionados 10 estudos envolvendo relatos de casos, revisões de literatura e metanálise de 2019 a 2022. Frente ao manejo clínico a terapia de suporte pode incluir antipiréticos, analgésicos e/ou antibióticos para infecções bacterianas secundárias. No entanto, pacientes podem necessitar de tratamento específico como antivirais. Vacinas inicialmente destinadas ao tratamento da varíola mostraram sinais de eficácia contra o MPXV, porém apresentam dados limitados. O medicamento Tecovirimat® é aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) e pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para o tratamento da MPXV. Nos Estados Unidos (EUA) os medicamentos Cidofovir ou Brincidofovir também estão sendo usados como alternativa terapêutica além da utilização da Imunoglobulina Vaccinia (VIG), feita a partir dos anticorpos removidos e purificados de indivíduos que foram inoculados com a vacina contra a varíola, pode ser administrado por via intravenosa. É usado para tratar indivíduos que desenvolveram complicações após a vacinação contra a varíola.
Conclusões/ Considerações Finais
Até o momento, não há diretriz padronizada para o manejo clínico de pacientes com varíola dos macacos, por isso a avaliação dos principais cuidados clínicos permite selecionar as melhores alternativas terapêuticas frente às manifestações clínicas, complicações e sequelas.
Palavras-Chave
Monkeypox; Orthopoxvirus; Terapêutica; Vacinação; Varíola
Área
Tema Livre
Instituições
FACULDADE DE MEDICINA DE OLINDA - Pernambuco - Brasil, FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAUDE - Pernambuco - Brasil, REAL HOSPITAL PORTUGUES - Pernambuco - Brasil, UFPE - Pernambuco - Brasil, UFRPE - Pernambuco - Brasil
Autores
JORGE VERAS FILHO, INDIRA ARAGÃO FRANÇA, CIEL SILVA OLIVEIRA VERAS LIMA, PAULO HENRIQUE SANTOS SILVA, TASSIA CAMPOS LIMA E SILVA