Dados do Trabalho
Título
Esteatose hepática e estilo de vida: um relato de caso
Introdução
A Esteatose Hepática (EH) consiste no acúmulo de lipídios no citoplasma dos hepatócitos, principalmente nos triglicerídeos, excedendo cerca de 5% do peso do fígado; sendo de consequência multifatorial. Destacam-se as principais etiologias: obesidade, diabetes mellitus, quadros de dislipidemias, infecção viral e alimentação a base de ultraprocessados; ademais, quando não tratada, pode progredir para a cirrose hepática ou câncer hepático
Objetivos
Salientar a relação entre a esteatose hepática, a obesidade e os hábitos de vida.
Descrição do Caso
Paciente do sexo feminino, 56 anos, obesa, com história familiar de obesidade, possui resistência insulínica e apresenta uma insulina acima de 20 mg/dl e glicose acima de 100 mg/dl, bem como exame HOMA-IR alterado. Além disso, vem há 5 anos com um diagnóstico de esteatose hepática. Apresentou, em primeiro momento, exames de TGO e TGP normais. Foi iniciada a metformina, medicamento que ajuda a perder peso, no ano de 2021. Esse ano, foram repetidos exames, nos quais obteve-se TGO, TGP, gama GT e fosfatase alcalina alteradas. Ademais, a paciente se apresentou com quadro de dislipidemia. Mesmo com a medicação, ela ganhou peso, e ocorreu alterações nas enzimas hepáticas. Diante disso, foram solicitadas sorologias virais, exames de autoimunidade e de doenças genéticas, todos com resultados negativos. Iniciou-se, então, bupropiona para o tratamento da obesidade, e foi realizado o encaminhamento para nutricionista. Além disso, solicitou-se uma elastografia, evidenciando uma fibrose grau 3, que denota potencial para o desenvolvimento de de esteato hepatite, havendo a necessidade de investigação mediante a realização de biópsia hepática. Foi introduzida vitamina E, em virtude da paciente não ser diabética, 400 unidades de 12 e 12 horas. Nesse período, em função da alteração enzimática principalmente, foi realizado um exame de Ultrassonografia sem achados específicos. Paciente segue o tratamento com o nutricionista e tratamento medicamentoso; além disso, foi instruído a não utilização de fitoterápicos, bem como medicamentos sem a devida autorização médica. Preferiu-se fazer uso de metformina e não de pioglitazona, devido ao aumento de peso da paciente.
Conclusões e Considerações Finais
Diante disso, fica nítida a importância da mudança no estilo de vida da paciente, bem como do tratamento dos fatores causais da esteatose hepática, mediante um acompanhamento multidisciplinar, a fim de compreender e tratar o paciente de forma holística.
Área
Tema Livre
Instituições
UFAL - Alagoas - Brasil
Autores
Gustavo Nascimento Monteiro Siqueira, Carlos Alberto José de Souza, Isabella de Menezes Zamuraym , Daniel Rocha Silva, Bruna Rhuana Correia da Silva