Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS INTERNAMENTOS POR HANSENÍASE EM PERNAMBUCO ENTRE 2012 E 2021

Fundamentação/ Introdução

A hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e de caráter crônico, que ainda persiste como problema de saúde pública no Brasil. A doença atinge pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, podendo apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, é passível de causar deformidades e incapacidades físicas, muitas vezes irreversíveis, sendo, portanto, uma enfermidade de grande importância médica.

Objetivo

Analisar os aspectos epidemiológicos acerca do perfil de internamentos por hanseníase notificados no período de 10 anos no estado de Pernambuco.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal, quantitativo, observacional e descritivo, com uso de dados secundários do departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre os registros de internação por hanseníase no estado de Pernambuco de janeiro de 2012 à dezembro de 2021.

Resultados

Observou-se, dentro do período avaliado, 3.800 internamentos por hanseníase no estado de Pernambuco. Desses, 65,42% eram do sexo masculino e, entre os que declararam a raça/cor, 78,67% eram pardos. Em relação à faixa etária, 67,05% dos pacientes tinham entre 20 e 59 anos de idade. Quanto à distribuição em anos, percebe-se que 2013 (20,47%) obteve os maiores valores e 2021, os menores (7,77%), havendo uma distribuição errática ao longo do tempo. Em relação ao caráter dos atendimentos, 60,21% foram de urgência. Quanto às regiões de saúde, a I GERES (Recife) apresentou o maior número de internações, com 89,65%.

Conclusões/ Considerações Finais

Pernambuco apresentou um perfil de internamentos por hanseníase que envolveu mais homens, pardos, adultos, residentes na I GERES, internados de urgência, com uma distribuição irregular ao longo do tempo. Por conta disso, torna-se importante implementar ações preventivas com foco na população em que ocorrem maiores números de casos e internamentos, visando a prevenção, detecção precoce das lesões e tratamento adequado. Com isso, pode-se evitar sequelas futuras para o paciente, cortando também a cadeia de transmissão.

Palavras-Chave

Bioestatística. Infecções comunitárias adquiridas. Saúde pública.

Área

Tema Livre

Autores

Ana Luiza Amorim de Andrade, Ana Beatriz Tavares Santana, Vinícius Nogueira de Castro Gutierres, Anna Caroline Loyola Sampaio, Pauliana Valéria Machado Galvão