Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE INTERNAMENTOS POR ASMA EM PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2010 A 2021

Fundamentação/ Introdução

A asma é uma condição multifatorial desencadeada por broncoconstrições episódicas e reversíveis, secundárias à inflamação da via aérea, que se manifesta clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. É uma das doenças crônicas mais comuns e responsável por cerca de 350.000 internações anuais no Brasil, sendo a terceira causa entre crianças e adultos jovens. Atualmente, com a oferta de melhores tratamentos, esses números apresentaram queda.

Objetivo

Avaliar o perfil de internações por asma nas Macrorregiões de Saúde de Pernambuco em um período de 12 anos.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal, quantitativo, descritivo e observacional, baseado em dados obtidos pelo sistema de dados do departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos pacientes pernambucanos de todas as idades com registro de asma como causa da internação, sendo analisado o número de internações por asma nas Macrorregiões de Saúde por ano de atendimento no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2021.

Resultados

Nesse período, evidenciou-se 60.070 internamentos por asma no Estado, dos quais 54,18% envolveram indivíduos do sexo masculino; 71,75%, crianças e, dos que descreveram a etnia, 78,99% eram pardos. O ano em que houve mais internamentos foi 2011, com 14,89%, enquanto ocorreu menor número em 2020, com 3,24%. A Macrorregião de Saúde em que houve mais internações foi a Região Metropolitana do Recife, com 61,66%, seguida do Sertão com 19,96%.

Conclusões/ Considerações Finais

Diante do exposto, vê-se que houve preponderância de internamentos por asma em crianças, pardas do sexo masculino e residentes na Região Metropolitana do Recife. Notou-se também uma redução gradativa do número de internamentos ao longo dos anos, o que pode estar associado ao manejo mais adequado do tratamento das exacerbações a nível ambulatorial, reduzindo a necessidade de internamentos. Apesar disso, é imprescindível que haja mais investimentos na prevenção das crises asmáticas, com oferta de terapia de manutenção a fim de evitar quadros agudos que demandem hospitalização.

Palavras-Chave

Epidemiologia. Hospitalização. Pneumopatias.

Área

Tema Livre

Autores

João Paulo Lopes dos Passos, Ana Beatriz Tavares Santana, Anna Caroline Loyola Sampaio, Vinícius Nogueira de Castro Gutierrez, George Alessandro Maranhão Conrado