Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA TAXA DE MORTALIDADE DA PANCREATITE AGUDA DE ACORDO COM AS REGIÕES DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Fundamentação/ Introdução

A pancreatite aguda (PA) é uma condição inflamatória do pâncreas decorrente da ativação anormal das enzimas pancreáticas, causando autodigestão do órgão e liberação de mediadores inflamatórios, podendo atingir também os tecidos peripancreáticos e órgãos vizinhos. É uma doença de quadro clínico variável, que pode causar sintomas incapacitantes e complicações fatais, havendo maior mortalidade nas apresentações necrosantes.

Objetivo

Avaliar a taxa de mortalidade da PA nas regiões de saúde de Pernambuco em um período de 12 anos.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal, quantitativo, descritivo e observacional, baseado em dados obtidos pelo sistema de dados do departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos pacientes pernambucanos de todas as idades com registro de PA como causa da morte, sendo analisada a taxa de mortalidade por PA nas Gerências Regionais de Saúde (GERES) por ano de atendimento no período de janeiro de 2010 até dezembro de 2021. Os valores são expressos por cem mil habitantes.

Resultados

Nesse período, evidenciou-se que a média da taxa de mortalidade por PA em Pernambuco foi de 4,11, sendo 2012 o ano com maior média (5,22) e 2010 foi o de menor média (3,28). Durante o período analisado, a maior taxa de mortalidade ocorreu na VIII GERES (Petrolina), com média de 12,21, seguida pela II GERES (Limoeiro), com 8,77, e V GERES (Garanhuns), com 7,38. Por sua vez, a menor média de taxa de mortalidade nesse intervalo de tempo ocorreu na X GERES (Afogados da Ingazeira), com 0,79, seguida pela IX GERES (Ouricuri), com 1,52, e XII GERES (Goiana), com 2,08. A I GERES (Recife), maior região de saúde de Pernambuco, teve uma média de 3,81, sendo 2010 e 2019 os anos com menores taxas (2,74) e 2012 foi o ano com maior taxa de mortalidade por PA (5,02).

Conclusões/ Considerações Finais

Diante dessas informações, vê-se que a taxa de mortalidade da PA é baixa, porém com uma variação considerável de acordo com a região de saúde e o ano avaliado. Por isso, é necessário realizar estudos que busquem identificar os motivos dessas discrepâncias, ressaltando-se a importância de se fazer investigações qualitativas, incluindo análises de documentos e entrevistas para esclarecer a causa dos óbitos registrados por PA e por seus diagnósticos diferenciais.

Palavras-Chave

Epidemiologia, Gastroenterologia, Pâncreas

Área

Tema Livre

Instituições

Universidade de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

Amanda Katharinne Souza Lima, João Paulo Lopes dos Passos, Jéssica dos Santos Coelho, Vinícius Nogueira de Castro Gutierrez, Valda Lúcia Moreira Luna