Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE COMPARATIVA DOS ÓBITOS POR DIABETES MELLITUS INSULINO-DEPENDENTE E NÃO INSULINO-DEPENDENTE NO ESTADO DE PERNAMBUCO NA ÚLTIMA DÉCADA: ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICO
Fundamentação/ Introdução
Apesar dos avanços no diagnóstico e na terapêutica do diabetes mellitus, este ainda persiste ceifando vidas. Tendo em vista a expansão dessa doença, urge compreender o panorama pernambucano de óbitos.
Objetivo
Analisar os aspectos sociodemográficos acerca da mortalidade por DM insulino-dependente (DMI) e não insulino-dependente (DMN) notificados na última década em Pernambuco.
Delineamento e Métodos
Estudo transversal, quantitativo, descritivo e comparativo, com uso de dados secundários do Sistema de Informação de Mortalidade, do Ministério da Saúde, sobre registros de óbitos por DMI e DMN em Pernambuco de 2011 a 2020.
Resultados
Houve 1.050 óbitos decorrentes de DMI e 3.668 decorrentes de DMN. A distribuição dos óbitos por DMI nas Macrorregiões de Saúde foi: Região Metropolitana (RM) com 39,24% dos óbitos; Agreste, com 25,43%; Sertão, com 22,00% e Vale do São Francisco e Araripe (VSFA), com 13,33%. Já os óbitos por DMN: RM com 48,91% dos óbitos; Agreste, com 30,59%; VSFA, com 10,58%, e Sertão, com 9,92%. Sobre a ocorrência dos óbitos por DMI, 52,86% ocorreu em hospitais e 42,86% em domicílio. Ademais, por DMN, 59,59% dos óbitos ocorreram em hospitais e 34,28% em domicílio. Acerca da evolução dos óbitos por DMI, constatou-se um padrão crescente ao longo dos anos, tendo 2011 com 5,52% dos óbitos e 2020 com 18,10%. Similarmente, por DMN, houve 6,76% dos óbitos em 2011 e 17,25% em 2020. Com relação à faixa etária, as mortes por DMI e DMN prevaleceram nos indivíduos acima de 80 anos, com 27,62% e 35,23%, respectivamente. Dos indivíduos com DMI, 54,19% eram pardos e 36,29% branco, já com DMN, 55,18% eram pardos e 34,96% brancos. 36,67% dos óbitos por DMI ocorreram em analfabetos e 38,85% tinham o ensino fundamental. Com DMN, 36,59% eram analfabetos e 37,79% tinham o ensino fundamental. O estado civil nos casos de DMI evidencia 37,81% de casados e 25,71% de solteiros, enquanto que em DMN, 34,77% eram casados e 22,26% solteiros.
Conclusões/ Considerações Finais
Nota-se o padrão ascendente de óbitos por DMI e DMN, caracterizado por idosos, pardos, casados e com baixo nível educacional. A RM apresentou o maior número de mortes por DMI e DMN. Embora a maioria dos óbitos sejam hospitalares, é preocupante os dados sobre morte domiciliar sem assistência. Para reverter esse panorama, o fomento à educação em saúde e mudança no estilo de vida, constituem-se como pilares de mudança, reduzindo a mortalidade.
Palavras-Chave
Endocrinopatias. Epidemiologia. Saúde Pública.
Área
Tema Livre
Autores
Anna Caroline Loyola Sampaio, Ana Beatriz Tavares Santana, Ana Luiza Amorim de Andrade, João Paulo Lopes dos Passos, Pauliana Valéria Machado Galvão