Dados do Trabalho
Título
PANCREATITE AGUDA: AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE DE INTERNAÇÕES, PERMANÊNCIA E GASTOS HOSPITALARES NAS REGIÕES DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
Fundamentação/ Introdução
A pancreatite aguda (PA) é uma condição mórbida que atinge o pâncreas, causando autodigestão do órgão, por conta da liberação enzimática. É uma afecção comum e com importante implicação clínica, que demanda cuidado hospitalar, impactando nos gastos públicos.
Objetivo
Avaliar a quantidade de internações por PA, a permanência e os gastos hospitalares.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e observacional, baseado nos dados obtidos pelo Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Foram incluídos pacientes de todas as idades com notificação de PA como diagnóstico principal. Analisou-se o número de internações por PA nas Gerências Regionais de Saúde (GERES) por ano de atendimento, a média de dias internados e os gastos relacionados, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2021.
Resultados
Nesse período, houve 13.547 internações por PA em Pernambuco, com maior média de internações em 2012 (1.341), e menor média em 2014 (902). A I GERES (Recife) teve o maior número de internações (8.717), seguida pela IV GERES (Caruaru), com 1.807. A XII GERES (Goiana) apresentou o menor número de hospitalizações (48), seguida da II GERES (Limoeiro), com 57. Nesse período, a média de permanência por pessoa em Pernambuco foi 6,4 dias, sendo 2011 o ano com maior média (7,9) e os anos de 2017, 2020 e 2021, com menor média (5,8). A VIII GERES (Petrolina) teve maior permanência hospitalar, com 7,9 dias, seguida pela IV GERES (Caruaru), com 7,3 dias. Por sua vez, a X GERES (Afogados da Ingazeira) apresentou a menor média (2,8 dias), seguida pela IX GERES (Ouricuri), com 3,9 dias. Quanto aos gastos por internamento, a média estadual foi de 746,82 reais por internamento, havendo o maior custo em 2017, com 962,84 reais, e o menor gasto em 2010, com 531,12 reais. Na VIII GERES (Petrolina), ocorreu o maior custo por internamento, com 903,76 reais, seguida pela I GERES (Recife), com 826,14 reais.
Conclusões/ Considerações Finais
Diante do exposto, evidencia-se uma relevante variação na média de dias de internamento e de gastos por PA entre as regiões de saúde. Desse modo, é importante analisar os motivos de tais diferenças, investigando a indicação das internações, a evolução dos quadros clínicos, a qualidade da atenção prestada e o desfecho dos casos. Esse conhecimento é essencial para a prestação de melhores serviços aos pacientes com PA, pois esta doença pode levar a complicações graves e até ao óbito.
Palavras-Chave
Epidemiologia, Gastroenterologia, Pâncreas
Área
Tema Livre
Instituições
Universidade de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
Amanda Katharinne Souza Lima, João Paulo Lopes dos Passos, Jéssica dos Santos Coelho, Anna Caroline Loyola Sampaio, George Alessandro Maranhão Conrado