Dados do Trabalho
Título
Linfonodomegalias atípicas em região inguinal secundárias a linfoma folicular grau 3A: um relato de caso
Introdução
O linfoma folicular é o segundo subtipo mais comum de linfoma não Hodgkin. Ele é mais recorrente na população branca e com 65 anos. A apresentação clínica é assintomática; sendo, o diagnóstico, tipicamente ocasional. Pela Organização Mundial de Saúde, pode ser classificado de acordo com a contagem de centroblastos em graus de 1 a 3. Sendo, este último, definido pela presença de mais de quinze centroblastos; podendo ser subdividido em graus 3A, pela presença de centrócitos; e na ausência deles, 3B.
Objetivos
Descrever um caso clínico de linfoma folicular grau 3A e reiterar a importância do exame clínico minucioso, o qual colabora com a descoberta de patologias insidiosas graves, impactando positivamente no prognóstico e tratamento dos pacientes.
Descrição do Caso
Homem, 65 anos, branco, em acompanhamento hospitalar de sangramento intestinal por doença diverticular dos cólons e doença hemorroidária, relatava aumento progressivo de massa inguinal à direita há dois anos. Negava perda de peso, hiporexia e febre. Ao exame, evidenciou-se massa endurecida em região inguinal direita, indolor à palpação, medindo 10 cm, não redutível, e sem mudança de volume à Valsalva. Foram solicitados exames complementares; além da anemia normocítica e normocrômica, paciente não apresentava demais alterações hematológicas. A ultrassonografia de abdome total, notou em região inguinal direita: linfonodomegalias atípicas. Foi realizada a biópsia dessa massa, que apresentou, após estudo imuno-histoquímico, o diagnóstico de Linfoma Folicular Grau 3A. Paciente foi encaminhado a um hospital oncológico e realizou tomografia por emissão de pósitrons de fluordesoxiglicose com fusão de tomografia computadorizada (PET-CT com FDG). Este exame evidenciou neoplasia linfoproliferativa em atividade em linfonodopatias de região inguinal direita, esquerda e ilíaca direita; além de diminuto nódulo pulmonar (0,8cm). Tendo em vista o bom estado clínico, após avaliação oncológica, foi optado pela conduta expectante, vigilância clínica periódica do paciente e encaminhamento para a equipe de cirurgia torácica.
Conclusões e Considerações Finais
Já que o diagnóstico do linfoma folicular é ocasional, fica claro a importância do exame clínico a fim de promover o acompanhamento médico especializado, indicando a conduta mais adequada. Em pacientes assintomáticos, a conduta é conservadora, inicialmente. Porém, quando indicado, o tratamento inclui anticorpo monoclonal contra a proteína CD20 associado a quimioterapia, podendo, como alternativa, utilizar rituximab isoladamente.
Área
Tema Livre
Instituições
Hospital da Restauração - Pernambuco - Brasil
Autores
VANESSA CHRISZIAN RAMOS DOS SANTOS, VANESSA CRISTINA CASTRO CARVALHO, INGRID DANTAS SAMPAIO LEITE, CRISTINA HELENA COSTA BANDEIRA E FARIAS, MAYRA CHRIST RAMOS DOS SANTOS