Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Fundamentação/ Introdução

A hanseníase é uma endemia em processo de eliminação no mundo. Apesar dos avanços dos últimos anos, o Brasil ainda ocupa a segunda posição em números de casos novos de hanseníase. A taxa de prevalência de hanseníase caiu nos últimos 10 anos. Porém, existem regiões brasileiras onde esse indicador ainda está elevado.

Objetivo

Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase no Estado do Rio Grande do Norte (RN).

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico, de análise temporal, retrospectivo e de base documental, utilizando dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A coleta incluiu os casos notificados de Hanseníase de 2014 a 2021. As variáveis utilizadas foram gênero (feminino ou masculino), faixa etária, casos novos de hanseníase multibacilares, ano do diagnóstico e casos novos detectados com grau 2 de incapacidade. A caracterização epidemiológica se deu a partir de uma análise estatística descritiva após correlação das variáveis. Os dados coletados foram tabulados em uma planilha eletrônica Microsoft Excel (versão 2016), no qual foi calculado o coeficiente de incidência e construção de gráficos.

Resultados

Observou-se que o número de casos diagnosticados no RN foi de 1.841, taxa considerada alta. A incidência foi maior no sexo masculino (53,8%) e, dentre as faixas etárias, a de 50 a 59 anos foi a mais afetada em totalidade, o que prejudica a economia do estado, visto que se trata da população economicamente ativa. A quantidade de casos novos detectados com grau 2 de incapacidade foi acima do estimado para a população brasileira e com aumento dessa proporção a partir de 2019. O mesmo observou-se para a proporção de casos novos multibacilares.

Conclusões/ Considerações Finais

Os coeficientes de prevalência de hanseníase no RN foram semelhantes aos dos outros Estados da região Nordeste. As desigualdades regionais de desenvolvimento econômico e social têm relação histórica com a epidemiologia das doenças infectocontagiosas. O controle da doença deve ser baseado no diagnóstico precoce e no tratamento eficaz, de modo a não causar quadros de incapacitância aos portadores e focos de transmissão para as pessoas de seu convívio. É necessária a adoção de medidas que proporcionem diagnóstico precoce e que determinem o perfil epidemiológico da doença, por meio de equipes de saúde capacitadas.

Palavras-Chave

Hanseníase; Epidemiologia; Multibacilar

Área

Tema Livre

Instituições

Facene - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

Amanda Kellen Dieta Jerônimo, Fabrícia Martins Oliveira Campos, Maria Helena Gurgel Pereira Negreiros, Suyane Maria Maia Coelho, Jilielisson Oliveira de Sousa