Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: EXTRAPOLAÇÃO DO TRATAMENTO ANTITROMBÓTICO DE FIBRILAÇÃO ATRIAL E SÍNDROME CORONARIANA AGUDA EM CASO DE EMBOLIA PULMONAR NO PÓS DE ANGIOPLASTIA CORONARIANA.

Introdução

INTRODUÇÃO: Conciliar terapias antitrombóticas garantido eficácia e segurança em contextos diferentes e simultâneos de risco isquêmico, como no pós de angioplastia primária e tromboembolismo pulmonar (TEP) , é um desafio que precisa ser melhor estudado.

Objetivos

OBJETIVO: descrever um caso de TEP durante internamento no pós-operatório de angioplastia bem como a condução do caso.

Descrição do Caso

DESCRIÇÃO: paciente sexo feminino, 75 anos, com antecedente de perda de 15kg nos últimos 6 meses, foi internada com quadro de síndrome coronariana de alto risco com Síndrome de Wellens. Foi detectada obstrução ostial de 70% em artéria descendente anterior, sendo então submetida a angioplastia primária com stent farmacológico. Devido sangramento moderado em sítio de punção do cateterismo, ficou sem anticoagulação profilática, mantendo apenas a dupla antiagregação plaquetária, evoluindo em 4 dias com TEP bilateral. Paciente evoluiu bem com suporte clínico e heparinização plena, associada a AAS e Clopidogrel, recebendo alta hospitalar com Edoxabana 30 mg/dia e Clopidogrel 75mg/dia. Seguiu estável e em investigação ambulatorial da síndrome consuptiva, obteve o diagnóstico de neoplasia pancreática metastática, evoluindo com óbito meses depois.

Resultados

DISCUSSÃO: Já está bem consolidada na literatura a necessidade de dupla antiagregação plaquetária no pós de angioplastia para prevenção de eventos isquêmicos recorrentes e trombose de stent. Por outro lado, em eventos tromboembólicos já instituídos é necessária a anticoagulação oral a longo prazo. Em paciente que foi submetido a angioplastia e apresentou evento tromboembólico extracoronariano, oferecer terapia antitrombótica tripla, com 2 antiplaquetários e 1 anticoagulante oral, o exporia a maior risco de sangramento. Em situação clínica semelhante em pacientes com FA de alto risco para AVC, submetidos a intervenção percutânea coronariana e/ou SCA, foi estudado e comprovado a segurança em manter anticoagulantes orais não antagonistas de vitamina K associados a inibidor da P2Y12 (clopidogrel). A extrapolação dessa estratégia para prevenção de evento isquêmico coronariano e tratamento de evento embólico pulmonar foi aplicado no caso em questão.

Conclusões e Considerações Finais

CONCLUSÃO: são necessários estudos randomizados para testar a eficácia da associação de anticoagulantes orais e antiagregação única com clopidogrel, em pacientes vítimas de SCA ou submetidos a angioplastia com TEP. Atualmente tal conduta é baseada na extrapolação de evidências em contexto clínico semelhante.

Área

Tema Livre

Autores

Daniela Zago Ximenes, Marla Santana Mariano Campos Torres, Tainah Braga Camurça, Thaisa Angélica Medeiros de Pontes Costa, Ivson Cartaxo Braga