Dados do Trabalho
Título
APRESENTAÇÃO DE MACROPROLACTINOMA GIGANTE EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA - UM RELATO DE CASO.
Introdução
Introdução: Os prolactinomas são os tumores hipersecretantes mais frequentes da hipófise, com prevalência de 40% dentre todos os adenomas pituitários. A maioria dos macroprolactinomas medem entre 10 e 40 mm e aqueles acima de 40 mm são denominados de macroprolactinomas gigantes. São tumores raros, acometendo cerca de 1 a 5% de todos os prolactinomas, e frequentemente diagnosticados em homens entre 20 e 50 anos de idade. Os pacientes se apresentam com níveis de prolactina > 1000 ng/ml e usualmente até 100.000 ng/ml, sendo geralmente associado a hipogonadismo e algum outro déficit funcional pituitário. A maioria são tumores invasivos, com extensão supraselar, levando à compressão do quiasma e envolvimento do sistema ventricular, extensão paraselar, atingindo os seios cavernosos e, raramente, o lobo temporal. O tratamento de escolha para esse tipo de tumor é o uso de agonistas dopaminérgicos e, em casos de resistência a essa classe farmacológica, indica-se a cirurgia.
Objetivos
Objetivos: Descrever a apresentação de macroprolactinoma gigante e sua rápida resposta a agonista dopaminérgico em um adulto jovem.
Descrição do Caso
Descrição do caso: Paciente de sexo masculino, 33 anos, admitido na emergência de um serviço privado com crise convulsiva. Realizou ressonância magnética (RM) que mostrou grande lesão expansiva com compressão do quiasma, ocupando toda sela túrcica e se estendendo ao lobo temporal e parietal direito, medindo de 8,0x5,0x5,0 cm. Foi medicado com anticonvulsivante e dexametasona. Exames laboratoriais: Prolactina superior a 150 ng/ml (até 20 ng/ml), 11.490 ng/ml quando diluída, Testosterona de 47 ng/dl (superior a 241 ng/dl), Cortisol de 1 µg/dl (superior a 5 µg/dl), LH e FSH no limite inferior da normalidade, GH, IGF-1, TSH e T4 total normais. Feito diagnóstico de macroprolactinoma gigante e iniciado cabergolina ½ comprimido duas vezes por semana e aumento da dose até 3 mg por semana. Em 8 semanas, evoluiu com redução tumoral para 4,0x2,5 cm e prolactina de 475 ng/ml. Após 9 meses, houve desaparecimento da lesão e normalização da função hormonal. Após 3 anos de tratamento, feito desmame da cabergolina e atualmente paciente apresenta síndrome de sela vazia na RM e níveis hormonais normais.
Conclusões e Considerações Finais
Considerações finais: O caso relata o sucesso da resposta do agonista dopaminérgico em um macroprolactinoma gigante invasivo. Mostrando, assim, que mesmo em situações de grandes lesões, como no caso descrito, o tratamento de escolha inicial é o uso de um agonista dopaminérgico.
Área
Tema Livre
Instituições
Universidade de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
Marcela Vasconcelos Montenegro, Clara Pontual Peres, Rafael Cabral de Carli, Thamires Sampaio Medrado, Luiz Griz