Dados do Trabalho


Título

ARTERITE DE TAKAYSU: RELATO DE CASO

Introdução

A doença de Takayasu consiste em uma vasculite crônica que acomete grandes vasos, principalmente a aorta e seus ramos primários, mediada por infiltração celular e inflamação dos tecidos vasculares. É uma condição mais prevalente em mulheres.

Objetivos

Relatar caso de investigação de Arterite de Takayasu em hospital de referência de Recife

Descrição do Caso

Paciente do sexo feminino, 69 anos, bordadeira, hipertensa. Queixa-se, há 1 ano, de dor persistente em membro superior esquerdo, de caráter mecânico e sem resposta a analgésicos comuns, necessitando recorrer a emergência quando em crise. Há 6 meses, relata aparecimento de lesão hipercrômica extensa e infiltrante, associada a fraqueza, claudicação e dor local, que não teve resposta ao Benzetacil (suspeita inicial de furunculose) e, à Dexametasona, apresentava melhora temporária. Realizou ultrassonografia (USG) de regiões axilares, que evidenciou infiltrado edematoso a esquerda, sendo sugerido acompanhamento com cirurgião vascular, momento em que foi internada no Hospital Barão de Lucena para investigação. Foi realizada USG com doppler, que levantou suspeita de celulite, sendo iniciado ceftriaxona + clindamicina, e arteriografia que evidenciou estenose de artérias subclávias e artéria vertebral esquerda e oclusão de artéria axilar esquerda, aventando, então, a hipótese de Artrite de Takayasu. A paciente passou a ser acompanhada pela clínica médica do serviço, quando foi descartado colagenoses e outras doenças autoimunes. Além disso, o diagnóstico prévio de celulite veio a ser entendido como paniculite. Ao exame físico, apresentava bom estado geral, febril, hipocorada (+/4+). Nas extremidades, havia diminuição de pulso em MMSS (preservado em MMII) e, quanto ao ACV, apresentava RCR, em 2T, com sopro carotídeo ++/6+ e diminuição de PA de 20mmHg em dimídio superior esquerdo.

Resultados

Assim, atendia aos critérios clínicos e de imagem de Chapel Hill e do Colégio Americano de Reumatologia para Arterite de Takayasu. Foi iniciado corticoterapia com prednisona oral 1 mg/kg/dia, com importante regressão de paniculite e melhora de ulceração em MSE, e, depois de 2 semanas, foi iniciado DMARD não biológico e MTX 15mg, com proposta de aumento ao longo do acompanhamento conforme aceitação. Optou-se por seguimento ambulatorial

Conclusões e Considerações Finais

Apesar de a arterite de Takayasu ser uma forma incomum de vasculite crônica, o entendimento de sua apresentação, bem como o conhecimento de seus critérios diagnósticos, faz-se crucial para correta identificação e abordagem do caso

Área

Tema Livre

Autores

Beatriz Mendonça Gouveia de Melo, Klebson Fellipe Feijó de Melo, Simone Sarmento de Mendonça