Dados do Trabalho

Título

EVOLUÇAO DE LESAO DE PE DIABETICO NECROTIZADA EM MANEJO CONSERVADOR: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de paciente com lesão necrótica extensa de pé diabético em manejo conservador

Materiais e Métodos

As informações foram obtidas através da revisão do prontuário.

Resultados

paciente feminina de 68 anos, diabética, dependente, com síndrome demencial, PPS de 50%, apresentou lesão infectada de pé diabético que foi acompanhada por Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), sem boa resposta ao tratamento ambulatorial. Após, foi indicado internamento da paciente para tratamento endovenoso da lesão. Durante internamento, houve agravo das lesões (agora, em ambos os membros inferiores), que evoluíram com necrose extensa e indicação de amputação, porém, após adequada compensação, paciente recusou amputação dos membros acometidos, tendo recebido alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial. Em acordo com familiares, após instituição de cuidados proporcionais, foi feito, por equipe de SAD, tratamento conservador das lesões, com cuidados vigorosos com curativos e antibioticoterapia oral por 06 meses, tendo em vista infecção de membros com exposição óssea e extensos focos necróticos. Eventualmente, paciente apresentou boa resposta clínica, com cicatrização completa de pé esquerdo e mumificação do pé direito, com amputação espontânea de dedos e regressão de exposição óssea, mantendo-se sem sinais de infecção sistêmica.

Conclusão

Embora o tratamento padrão para lesão de pé diabético infectada e com necrose extensa seja a amputação, a individualização do tratamento com uma abordagem conservadora, levando-se em consideração a funcionalidade, cognição, comorbidades e o desejo do paciente, pode ser uma alternativa viável e benéfica ao doente.

Relevância Clínica

Na geriatria, faz-se necessária a individualização e proporcionalidade do cuidado para que algumas condutas como as do caso relatado sejam tomadas, de modo que os profissionais de saúde possam ofertar uma adequada assistência considerando a complexidade da relação do paciente com seu processo de adoecimento.