Dados do Trabalho

Título

INCIDENCIA DE SIFILIS EM PESSOAS MAIORES DE 60 ANOS NO PERIODO DE 2011 A 2021

Objetivo

Traçar o perfil dos idosos diagnosticados com sífilis adquirida no Brasil e verificar
o desfecho da doença, com intuito de contribuir para o melhor desenvolvimento de políticas de
educação e assistência a esta população.

Materiais e Métodos

Trata-se de uma pesquisa transversal, retrospectiva, descritiva e de
análise quantitativa. A coleta de dados secundários foi realizada em outubro de 2022 através do
DATASUS.

Resultados

No período de 2011 a 2021 foram notificados 63.047 casos de sífilis adquirida
no Brasil. Ao longo dos anos houve um crescimento progressivo no número de casos, com ápice
em 2018. Após este ano ocorreu uma queda de 78% no número de casos notificados. A faixa
etária mais acometida foi a de 60-64 anos (39,83%), com decréscimo percentual progressivo, de
acordo com as faixas etárias mais elevadas; chegando a 7,71% na faixa de 80 anos ou mais. O
crescimento na taxa de incidência ocorreu em todas as regiões do país entre os anos de 2011 e
2018. De modo geral, a partir de 2019, as outras regiões apresentaram quedas nas taxas de
incidência; com exceção da região Sul, que continuou apresentando crescimento. Quanto à
evolução dos casos, apenas 50% dos pacientes deram seguimento ao acompanhamento, sendo
assim, a análise foi realizada em apenas metade da amostra total. Destes, 42 indivíduos evoluíram
para óbito devido ao agravo notificado, enquanto 229 evoluíram para óbito por outra causa.

Conclusão

Os dados obtidos evidenciam um aumento progressivo nos casos de sífilis
adquirida na população idosa entre os anos de 2011 a 2018, com uma queda de 2019 a 2021.

Relevância Clínica

A sífilis adquirida como uma questão de saúde pública, e a
importância de políticas de educação sexual e IST para idosos em âmbito nacional