Dados do Trabalho

Título

PERFIL DE ÓBITOS E PADRÕES TEMPORAIS DA MORTALIDADE RELACIONADA A QUEDAS DE IDOSOS NO BRASIL: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL

Objetivo

Analisar o perfil de mortalidade relacionada a quedas de idosos no Brasil.

Materiais e Métodos

Estudo ecológico com dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Avaliou-se os óbitos de idosos por quedas de 2000 a 2022 no Brasil, cujas variáveis foram: sexo, idade, causa, ano, estado civil e escolaridade. Realizou-se a análise temporal pelo método Joinpoint e teste de Permutação de Monte Carlo, através dos softwares R e Joinpoint Regression SoftwareTM.

Resultados

Houve um total de 174.166 óbitos. Idosos entre 60 e 69 anos tiveram um total de 30.342 óbitos (17,43%), com causa mais prevalente por "Queda sem especificação" (29,27%). Idosos entre 70 e 79 anos tiveram 45.436 óbitos (26,08%), com subcategoria mais frequente "Queda no mesmo nível" (41,65%). Idosos acima de 80 anos tiveram 98.388 casos (56,47%), cuja subcategoria mais comum foi "Queda no mesmo nível" (45,84%). O maior número de óbitos ocorreu entre mulheres (51,34%), brancos (64,43%) e viúvos (39,60%). Idosos sem escolaridade tiveram 31.592 óbitos (18,14%), enquanto aqueles acima de 12 anos de estudo, tiveram 6.631 óbitos (3,81%). Os óbitos apresentaram tendência temporal de aumento (2.034 em 2000 vs. 14.233 em 2022). As quedas por tropeções e passos em falso registraram maior número de óbitos ao longo dos anos.

Conclusão

A maioria dos óbitos por quedas ocorreu em idosos acima de 80 anos, mulheres, brancos, viúvos e sem escolaridade, com aumento significativo durante os anos.

Relevância Clínica

As quedas constituem um grave problema de saúde pública, relacionadas com alto grau de morbimortalidade entre a população geriátrica. Assim, os dados refletem a importância de medidas preventivas, visando reduzir os riscos de quedas e suas consequências fatais.

Área

Fragilidade