Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA TUBERCULOSE EM PESSOAS IDOSAS NO BRASIL ENTRE 2013 E 2022

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico da tuberculose em idosos no Brasil entre 2013 e 2022.

Materiais e Métodos

Estudo transversal, observacional, quantitativo e descritivo acerca dos casos notificados de tuberculose em idosos no Brasil, entre 2013 e 2022, utilizando dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

Resultados

No período estudado, houve 906.446 notificações de tuberculose no Brasil, sendo 14,4% em idosos. O Sudeste é a região brasileira com mais casos em idosos (41%), seguido do Nordeste (29,4%) e Sul (12,4%). Desses, 66,6% eram do sexo masculino, 54,4% eram pretos ou pardos, 59,8% tinham entre 60 e 69 anos. Sobre a institucionalização dos idosos, a informação foi ignorada em 88% dos casos. Quanto à forma da doença, 84,7% era pulmonar e havia coinfecção com HIV em 3% dos casos. Ademais, 83,7% dos casos eram novos e 8% eram recidivos, havendo cura em 63,5% dos casos e óbito por tuberculose em 9,3%.

Conclusão

Portanto, o Sudeste é a região com mais casos de tuberculose em idosos, sendo a maioria homens, pretos ou pardos, entre 60 e 69 anos. Quanto à institucionalização, houve subnotificação, o que prejudica maior compreensão sobre adesão ao esquema terapêutico. Quanto à forma da doença, a maioria foi pulmonar e houveram poucas coinfecções com HIV. Majoritariamente, as notificações foram de novos casos, com cura significativa e considerável mortalidade. Assim, há uma alta taxa de novas infecções, e o envelhecimento torna esses indivíduos mais vulneráveis, dificultando o diagnóstico e o tratamento.

Relevância Clínica

Devido ao aumento da expectativa de vida, deve-se compreender o perfil epidemiológico da tuberculose na população idosa, visando desenvolver intervenções específicas, pois os sintomas assemelham-se aos do avanço da idade, dificultando o diagnóstico.