XII Congresso Norte e Nordeste de Geriatria e Gerontologia

Dados do Trabalho


Título

CONTROLE FARMACOLOGICO DAS MANIFESTAÇOES CLINICAS NA DEMENCIA FRONTOTEMPORAL MISTA (DFT-M): UM RELATO DE CASO

Objetivo

Narrar/relatar o manejo farmacológico dos sintomas comportamentais, linguísticos, motores e cognitivos de um paciente/caso de Demência Frontrotemporal Mista (DFT-M) de rápida progressão.

Materiais e Métodos

Foi realizada uma revisão da literatura sobre DFT-M e os dados do paciente foram obtidos a partir da análise do prontuário, anamnese, registro fotográfico dos exames e testes.

Resultados

Paciente masculino, 51 anos, procurou o atendimento com queixa de esquecimento há cerca de 1 ano, associado à redução de Atividades Instrumentais e Básicas de Vida Diária, disfagia rapidamente progressiva aos líquidos, afasia motora, déficit cognitivo, estereotipia de perambulação e alucinações visuais. Apresentava sintomas comportamentais, agressividade, labilidade emocional e nervosismo. Exames laboratoriais sem alterações dignas de nota. Ressonância Nuclear Magnética de crânio com contraste evidenciando microangiopatia (Fazekas 1) e escore 2 de atrofia mesial temporal, com atrofia temporal mais evidente à esquerda. Pontuou 21 no Escore de Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20). Tratamento instituido: escitalopram 15mg, olanzapina 2,5mg, donepezila 10mg e memantina 20mg. Após dois meses de terapia, o paciente apresentou melhora comportamental significativa, com ganhos na qualidade de vida e redução de estresse gerado no cuidado.

Conclusão

O caso relatado e a literatura acerca do tema revelam a discussão da terapêutica de uma situação complexa que é a DFT-M e evidenciam que embora o uso de inibidores da acetilcolinesterase e memantina possam ser pouco recomendados, a terapia off-label combinada pode ser capaz de obter resultados satisfatórios ao controle sintomático comportamental na doença.

Relevância Clínica

DFT-M é uma condição complexa que afeta indivíduos por volta da quinta década de vida e que pode ser subdiagnosticada. O manejo de sintomas clínicos a partir do uso de terapias off-label, de maneira personalizada, pode ser fundamental para a melhoria na qualidade de vida do paciente, dos familiares e cuidadores.

Área

Outras Temáticas em Geriatria

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

RAFAEL PALMEIRA ARAÚJO MEDEIROS NÓBREGA, MARIANNE CAVALCANTI NASCIMENTO DIAS, FRANCISCO BELISIO DE MEDEIROS NETO