Dados do Trabalho
Título
CASOS DE ENVENENAMENTO EM IDOSOS: UMA REALIDADE NEGLIGENCIADA
Objetivo
Buscou-se traçar o perfil epidemiológico do envenenamento por drogas e substâncias biológicas em idosos, uma vez que esta é uma lacuna da literatura.
Materiais e Métodos
Estudo retrospectivo e descritivo, realizado de janeiro de 2014 a dezembro de 2023, utilizando dados hospitalares tabulados no TABNET/DATASUS. Foram incluídos pacientes com 60 anos ou mais, internados por “Envenenamento por drogas ou substâncias biológicas” (EDSB).
Resultados
Nos anos analisados, aqueles com 60 anos ou mais corresponderam a 11,21% dos casos de EDSB. A média de casos em homens foi de 597,2 para 730 em mulheres, responsáveis por 55% dos casos e cor branca era a mais frequente (51,50%). A taxa de mortalidade foi 7,46 por 1000 habitantes e predominaram cor branca (42,62%), sexo masculino (51,11%), 80 anos ou mais (8%) e atendimento de urgência (91,91%) neste desfecho. As maiores proporções de óbito foram 8% e 6,9% para 60 a 64 anos e 80 anos ou mais, respectivamente. Aliás, o grupo de 60 a 64 anos teve maior estadia, mas tiveram maior número absoluto de óbitos e despesas, com 33,78% dos gastos. Para cada indivíduo, a média de dias de internação foi de 5,40 dias e o valor médio foi de R$927,43. As idades mais dispendiosas foram da faixa de 60 a 64 anos.
Conclusão
O perfil do paciente idoso internado por EDSB se resume em mulheres brancas, de 60 a 64 anos, atendidas em urgência, com internação e gasto médios de 5,40 dias e R$927,43 e maior mortalidade foi vista em homens brancos, com 80 anos ou mais e menos dias de internação.
Relevância Clínica
Menores idades tinham maior tempo de internação e maior mortalidade. Sendo assim, a prevenção e a gestão adequada dos recursos são imperativas para evitar os casos e os piores desfechos.
Área
Outras Temáticas em Geriatria
Instituições
Faculdade de Medicina de Olinda - Pernambuco - Brasil
Autores
CYNTHIA GALVAO INACIO