Dados do Trabalho

Título

DESFECHOS CLINICOS ASSOCIADOS AOS FATORES DE RISCO FARMACOTERAPEUTICO EM IDOSOS: UMA REVISAO SISTEMATICA

Objetivo

Investigar os desfechos em saúde relacionados aos fatores de risco farmacoterapêutico em idosos.

Materiais e Métodos

A revisão foi baseada em buscas em quatro bases de dados: PubMed, Scielo, LILACS e Scopus. Foram incluídos artigos publicados até o ano de 2022 e os descritores utilizados foram: frail elderly, polypharmacy, multimorbidity, drug therapy, outcome assessment patient, outcome assessment, frail elderly, risk factors, elderly, aged.

Resultados

Foram incluídos 29 artigos publicados entre os anos de 2010 a 2022, em inglês. Os fatores de risco encontrados foram uso abusivo de medicamentos, fragilidade e multimorbidade, sendo que o principal fator de risco foi o uso abusivo de medicamentos, que foi associado a quedas, hospitalizações e prescrição de medicamentos inadequados. Além disso, a fragilidade obteve relação com o acréscimo do número de hospitalizações e no tempo de internação. A multimorbidade foi apontado como um fator preditivo para o aumento ou uso
excessivo de medicamentos.

Conclusão

A utilização de polifarmácia, nesse estudo, foi dada com um fator de risco por usuários idosos, ligada a diversos desfechos clínicos negativos, como queda, internação hospitalar, uso de medicamentos inadequados, reações adversas, aumento de incapacidade física e cognitiva. A fragilidade, por sua vez, esteve relacionada a maiores indicadores de futuros problemas clínicos. Quando combinada com a polifarmácia, a multimorbidade exigiu uma equipe de saúde mais ampla para garantir um cuidado eficaz ao paciente. Os artigos apresentaram uma relação forte entre essas três variáveis, mostrando uma alta chance de poder predizer resultados negativos nos desfechos em saúde.

Relevância Clínica

Os resultados do estudo destacam a necessidade de uma abordagem integrada e multidisciplinar no manejo da saúde dos idosos. A identificação precoce de fatores de risco farmacoterapêutico e a implementação de estratégias de intervenção adequadas podem ajudar a minimizar os desfechos clínicos negativos e melhorar a qualidade de vida dos idosos.