Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE IDOSOS COM AIDS NO BRASIL: UMA ANALISE DO PERIODO 2012-2022

Objetivo

Identificar e analisar o perfil epidemiológico de novos casos por Aids em idosos
com mais de 60 anos no Brasil durante o período de 2012 a 2022.

Materiais e Métodos

Estudo analítico quantitativo, a partir das bases de dados
disponibilizadas pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Dados, tabelas e gráficos foram gerados com programa Microsoft Office Excel.

Resultados

Houve 25.374 (5.9%) novos diagnósticos em idosos. Quando estratificados por
idade, as faixas etárias 60-69 anos, 70-79 e 80+ representaram 78.6%, 17.8%, 3.6% dos casos,
respectivamente. A maioria declarou-se heterossexual (77,8%) e branco (53,2%). Observou-se
predominância do gênero masculino em todas as regiões do Brasil, exceto na região Centro-Oeste.
Tinham até o fundamental completo 68%. A Aids representou 1,1% de óbitos por causas não
naturais, com média de crescimento anual de 1,6%. A representatividade da população negra
(pretos e pardos) aumentou em 15%, com crescimento médio em números absolutos de 4% ao
ano.

Conclusão

Persiste a crescente de casos de Aids em idosos no Brasil, com predominância
de homens, heterossexuais e brancos com escolaridade até o ensino fundamental. As mulheres
centro-oestinas e a população negra mostraram maior vulnerabilidade.

Relevância Clínica

As evidências desconstroem estigmas do perfil de pessoas com Aids
desde sua epidemia em 1980, e trazem para o debate público a realidade da pessoa idosa. Embora
não se perceba como grupo de risco e seja resistente ao uso do preservativo, é cada vez mais
sexualmente ativa, e portanto, deve ser contemplada em campanhas de prevenção e na formação
de profissionais da saúde. A crescente sobrevida de pessoas com Aids torna a temática emergente
na geriatria e gerontologia, pois acarreta prejuízo autoimune e internações em uma população já
vulnerável a doenças e prejuízos funcionais.