Dados do Trabalho

Título

MENOR LIMIAR DE DOR EM EXTREMIDADES INFERIORES ASSOCIA-SE A MAIOR RISCO DE QUEDA EM PESSOAS IDOSAS

Objetivo

Analisar a correlação entre o limiar de dor e o risco de queda em pessoas idosas.

Materiais e Métodos

Tratou-se de um estudo transversal, que teve Protocolo de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Cesmac. Os critérios de inclusão foram: idosos com a idade entre 60 e 89 anos, que relataram quedas nos últimos 12 meses, com capacidade de deambulação preservada. Foram excluídos idosos que apresentaram fratura prévia recente em membros inferiores, distúrbios psíquicos, cognitivos ou motores que causassem alterações em membros inferiores. Na avaliação, a mensuração do limiar dor foi analisada através da algometria por pressão, por somação temporal em tornozelos e panturrilhas. O risco de quedas foi avaliado pelo Timed Up Go Test (TUGT), classificando o idoso em baixo, moderado ou grave risco de queda. As associações entre variáveis categóricas foram feitas por meio do teste do qui-quadrado, enquanto que a comparação entre médias foi feita por meio do teste “t”.

Resultados

Foram avaliados 31 idosos, de ambos os sexos, com a média de idade de 69,45 (±5,29). A análise de associação evidenciou resultados estatisticamente significativos entre os resultados do TUGT e algometria de panturrilha esquerda (p=0,02), panturrilha direita (p=0,04) e pé esquerdo (p=0,02), onde, pior desempenho no TUGT associou-se a menor limiar de dor na algometria.

Conclusão

Menor limiar de dor associou-se a maior risco de quedas nos participantes da pesquisa.

Relevância Clínica

Esse estudo traz dados que evidenciam que o menor limiar de dor está associado a maior risco de queda. Isso denota a importância de avaliar a dor em pacientes idosos com risco de queda, especialmente em extremidades inferiores, colocando essa variável como um parâmetro importante a ser incorporado na prática clínica como um dos possíveis preditores de risco de quedas.