Dados do Trabalho
Título
MANEJO CONSERVADOR DE DOENÇA RENAL CRÔNICA TERMINAL DURANTE 27 MESES EM PACIENTE COM DIRETRIZ ANTECIPADA DE NÃO INICIAR HEMODIÁLISE: UM RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever o manejo conservador de paciente portadora de Doença Renal Crônica estágio V, com diretriz antecipada de vontade de não iniciar hemodiálise, acompanhada no ambulatório de egressos de Clínica Médica do Hospital Dom Helder Câmara.
Materiais e Métodos
Trata-se de um relato de caso, no qual foi realizado consulta ao prontuário da paciente para coleta de dados clínicos e laboratoriais, além de revisão de literatura atualizada para subsidiar a discussão.
Resultados
MJS, 74 anos, procedente do município do Cabo de Santo Agostinho, portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), além de amaurose bilateral secundária a catarata, portadora de Síndrome da Fragilidade com Palliative Performance Score (PPS) prévio de 40%, encaminhada em Novembro de 2021 ao Hospital Dom Helder Câmara devido a elevação importante e assintomática de escórias nitrogenadas (Clearance de Creatinina 6mL/min/1.73m2). Recebeu alta hospitalar após 1 semana sem indicação de iniciar hemodiálise de urgência, para manter acompanhamento ambulatorial no serviço, ocasião na qual manifestou junto aos familiares desejo de não iniciar Terapia Renal Substitutiva. Dessa forma, feito seguimento mensal de Dezembro de 2021 a Janeiro de 2024, sendo otimizadas medidas para controle volêmico conservador e tratamento das complicações da Doença Renal Crônica, especialmente da anemia, inclusive com hemotransfusões. Paciente evoluiu para síndrome urêmica em Fevereiro/2024, indo a óbito após 27 meses de acompanhamento.
Conclusão
O manejo clínico conservador de pacientes portadores de Doença Renal Crônica terminal em contexto de fragilidade pode garantir mais qualidade de vida e conforto ao doente, especialmente levando em consideração o seu desejo quanto ao não início da terapia dialítica, de uma forma mais prolongada do que o previamente concebido.
Relevância Clínica
Possibilidade de adotar uma postura mais conservadora por períodos mais longos de tempo, priorizando conforto ao doente frágil no estágio V da DRC.
Área
Fragilidade
Instituições
Hospital Dom Helder Câmara - Pernambuco - Brasil
Autores
JOAO PEDRO FERNANDES FERREIRA DE SOUZA, Luiza Prestes Guimarães , Ana Clara Silva de Andrade, Jullie Queiroga Santana, Lucas Sales, Alessandra Cabral Gomes Tinet , Rodrigo De Lemos Soares Patriota, Ana Carolina Patriota