XII Congresso Norte e Nordeste de Geriatria e Gerontologia

Dados do Trabalho


Título

FRAGILIDADE EM PESSOAS IDOSAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA ATENÇAO PRIMARIA EM SAUDE NO NORDESTE BRASILEIRO

Objetivo

Avaliar a prevalência da fragilidade em pessoas idosas com diabetes mellitus tipo 2 assistidas na atenção primária em saúde.

Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo transversal realizado na Unidade de Saúde da Família do Engenho do Meio. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, com idade ≥60 anos e diagnóstico médico de diabetes mellitus tipo 2. A fragilidade foi avaliada através da Escala de Fragilidade de Edmonton. Também foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e antropométricos como variáveis independentes.

Resultados

Através da coleta por conveniência, foram incluídas 90 pessoas idosas com diabetes mellitus tipo 2, destas, 31,6% eram do sexo feminino. A faixa etária mais prevalente foi entre 60 e 69 anos. Cerca de 29% não sofreram nenhuma queda nos últimos 12 meses; 36,6% tinham o hábito de fumar; 43,3% faziam uso da bebida alcoólica; 51,1% seguiam dieta específica para controle glicêmico; 16,6% faziam uso de insulina e todos os indivíduos da amostra faziam uso de medicação oral para o controle glicêmico. A média de glicemia de jejum foi de 144mg/Dl e a hemoglobina glicada esteve dentro dos padrões de normalidade para a idade (até 7,5%). Sobre a antropometria, 21,67% apresentaram peso adequado e 31% possuíam massa muscular preservada, avaliada através da circunferência da panturrilha. Em relação à fragilidade, 52,2% eram frágeis; 24,4% vulneráveis e 23,3% não-frágeis.

Conclusão

Diante do exposto, ressalta-se a importância de estudos epidemiológicos a fim de se identificar a prevalência da fragilidade no idoso com diabetes, tendo em vista a necessidade de modificar desfechos adversos ocasionados pela presença dessas condições.

Relevância Clínica

Conhecer a prevalência de fragilidade em indivíduos com diabetes se faz importante uma vez que a fragilidade está associada a uma diminuição na capacidade de aderir aos regimes de tratamento, monitoramento e autocuidado, resultando em pior controle glicêmico e aumento do risco de episódios agudos, como hipoglicemia e descompensação metabólica.

Área

Fragilidade

Instituições

Universidade Federal de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

RAQUEL DE ARRUDA CAMPOS BENJAMIM, Clécia Alves da Silva, Hugo Moura de Albuquerque Melo, Ana Paula de Oliveira Marques, Anna Karla de Oliveira Tito Borba