Dados do Trabalho
Título
OS POTENCIAIS LIMITES DO USO DE ESTATINAS NA PREVENÇAO PRIMARIA DA POPULAÇAO IDOSA: UMA REVISAO INTEGRATIVA
Objetivo
Esse estudo visa examinar a literatura existente sobre as potenciais limitações nas indicações do uso de estatinas na população idosa, destacando a necessidade de explorações científicas nas intervenções terapêuticas deste grupo etário.
Materiais e Métodos
Trata-se de uma revisão de literatura, operada pelas bases de dados PubMed, BVS e SciElo. Utilizou-se os descritores “Elderly”, “Statins” e “Primary prevention”, com o operador booleano AND. Foram selecionados 8 artigos com maiores graus de evidência, todos publicados nos últimos 5 anos e no idioma inglês.
Resultados
Os estudos apontaram associação da prevenção primária por estatinas com redução dos níveis de acidente vascular cerebral, de doenças cerebrovasculares e do risco de admissão hospitalar por evento cardiovascular. Ademais, estudo indicou 95% de probabilidade de menor taxa de mortalidade nos idosos tratados com estatina preventivamente. Não se observou diferenças significativas no uso de diferentes tipos e lipofilicidades de estatinas. Apesar da existente possibilidade de efeitos adversos de mialgia, hepatotoxicidade e interação medicamentosa, estes não foram compreendidos com padrões distintos na população senil.
Conclusão
Os estudos apontam para benefícios no manejo de pacientes idosos com estatinas na prevenção primária. Contudo, é pertinente destacar que se faz necessária uma abordagem individual considerando expectativa de vida, fragilidade, polifarmácia, em paralelo a uma decisão médico-paciente mútua e adesão ao tratamento.
Relevância Clínica
A alta incidência de doenças cardiovasculares e sua característica de fator de risco etário associadas ao hodierno envelhecimento da população indica para a necessidade de exploração de intervenções terapêuticas de prevenção. O manejo da prevenção secundária é bem estabelecido pelo uso de estatinas. Entretanto, o uso dos bloqueadores da enzima hidroximetilglutaril coenzima A na prevenção primária da população idosa, especialmente a partir dos 75 anos, ainda não é bem esclarecido. O estudo, portanto, destaca as informações já exploradas, auxiliando no manejo clínico dos pacientes.
Área
Prevenção e Envelhecimento Ativo
Instituições
AFYA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE JABOATÃO - Pernambuco - Brasil, Faculdade Pernambucana de Saúde - Pernambuco - Brasil, Hospital Maternidade Regional Jesus Nazareno - FUSAM - Pernambuco - Brasil, UNINASSAU - Pernambuco - Brasil, Universidade Federal de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
MANUELA MIGNAC MONTEIRO DA CUNHA MELO, Marina Mignac Monteiro da Cunha Melo, Marianne Rose Mignac de Barros Monteiro Melo, Natália Medeiros Andrade, Alice Lima Veras Aragão, Rosete Mignac Barros