Dados do Trabalho
Título
MIELITE ACTINICA POS-RADIOTERAPIA PARA NEOPLASIA DE ESOFAGO EM PACIENTE IDOSO: UM RELATO DE CASO.
Objetivo
Descrever um caso de mielite actínica como complicação da radioterapia, com suspeita inicial de compressão medular.
Materiais e Métodos
Relato de caso através de prontuários acessados retrospectivamente mediante concessão.
Resultados
Idoso, 76 anos, portador de neoplasia de esôfago diagnosticada em 2022 e controlada com radioterapia, com histórico prévio de megaesôfago chagásico. Apresenta queixa de quadro subagudo de déficit motor e astenia em membro inferior esquerdo associado à dor retroesternal intermitente, retenção urinária, constipação e perda ponderal de 2kg em duas semanas. Foi admitido na enfermaria de geriatria e optou-se por início de dexametasona 20mg/dia com desmame progressivo durante 8 dias, por suspeita de síndrome de compressão medular, mas sem resposta satisfatória. Marcadores tumorais foram solicitados, contudo não evidenciaram atividade da doença de base. Foi submetido a Ressonância Nuclear Magnética (RNM) de coluna toraco-lombar, que identificou hiperintensidade de sinal em T2 em coluna torácica e hipersinal de corpos vertebrais, sendo a imagem sugestiva de mielite actínica em região atingida por radioterapia prévia. Para complementar a investigação foi feita análise de líquido cefalorraquidiano (LCR), que apresentou padrões dentro da normalidade. Foi realizada pulsoterapia com 1g/dia com Metilprednisolona por 03 dias com posterior desmame do corticoide. Paciente evoluiu clínica e hemodinamicamente estável.
Conclusão
A mielite actínica é uma condição rara que resulta da exposição à radiação ionizante, geralmente usada no tratamento de tumores malignos. Exames de imagem, como a RNM são fundamentais para o seu diagnóstico. O tratamento da mielite actínica geralmente envolve a administração de corticosteróides.
Relevância Clínica
É essencial conhecer as estratégias para mitigar o risco da mielite actínica, entre elas: a delineação precisa da medula espinhal, adesão rigorosa às restrições recomendadas de dose na medula espinhal, e um conjunto robusto de imobilização. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são importantes para prevenir danos à medula espinhal.
Área
Outras Temáticas em Geriatria
Instituições
Faculdade de Ciências Médicas (FCM) - Pernambuco - Brasil, Universidade de Pernambuco (UPE) - Pernambuco - Brasil
Autores
SONJA COSTA COELHO GAYOSO E ALMENDRA, ANA CLARA LIRA DO NASCIMENTO, GRAZIELA ROSA LOPES BASTOS FREIRE, GIOVANNA CARVALHO FERNANDES FIGUEIREDO, MARLANE RAYANNE SOBRINHO DOS SANTOS, ALEXANDRE DE MATTOS GOMES